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Tecnologia e imobiliário levam Stoxx 600 a mínimos de julho

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

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26 de Setembro de 2023 às 17:54
Europa aponta para o vermelho e Ásia fecha com perdas

As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno negativo, penalizadas por um dólar mais forte e pela atratividade dos elevados juros da dívida na região e nos EUA. 

Os futuros do Euro Stoxx 50 cedem 0,3%, numa altura em que a ideia de taxas de juro elevadas durante mais tempo continua a penalizar o apetite dos investidores pelo risco.

Esta semana será recheada de discursos de membros do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), que tem estado cada vez mais dividido sobre o futuro dos juros. Hoje é o dia mais preenchido: o austríaco Robert Holzmann discursa em Viena e o economista-chefe Philip Lane em Paris.

Na Ásia, a sessão terminou com perdas com o setor imobiliário a pressionar o mercado chinês. A preocupação adensou-se depois de ontem a Evergrande, uma das maiores construtoras da China, ter falhado um pagamento de dívida e de vários ex-gestores, incluindo o ex-CEO Xia Haijun, terem sido detidos.

Na China, Xangai cedeu 0,3% e em Hong Kong o Hang Seng recuou 0,86%. No Japão, o Topix recuou 0,37% e o Nikkei 1,02%, num dia em que os investidores avaliam o impacto de juros da dívida mais elevados nos Estados Unidos e em que o iene estabilizou. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 1,29%.

Dólar mais forte penaliza petróleo
Dólar mais forte penaliza petróleo

Apesar das perspetivas de uma menor oferta de petróleo, o crude está a ser penalizado por um dólar mais forte. Isto porque, sendo cotado em dólares, a valorização da divisa norte-americana está a tornar a matéria-prima mais cara para quem negoceia com outras moedas.

O West Texas Intermediate (WTI na sigla em inglês), referência para os Estados Unidos, está a cair 1,09% para 88,70 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 1,07% para 92,29 dólares por barril.

Os cortes implementados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+ na sigla em inglês), assim como os adicionais levados a cabo pela Arábia Saudita e pela Rússia, têm impulsionado o petróleo, que valorizou mais de 25% desde o final de junho. Os bons ventos levaram analistas a considerar que a matéria-prima poderia em breve superar a fasquia dos 100 dólares por barril, mas as perspetivas de que a política monetária norte-americana irá manter-se restritiva durante mais tempo voltou a suscitar preocupações quanto à resiliência da economia.

A associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API na sigla em inglês) revela esta terça-feira os dados dos stocks de crude no país na semana passada, podendo um recuo das reservas dar alento aos preços de crude.

No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, desliza 3,6% para 42,84 euros por megawatt-hora.

Os cortes implementados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+ na sigla em inglês), assim como os adicionais levados a cabo pela Arábia Saudita e pela Rússia, têm impulsionado o petróleo, que valorizou mais de 25% desde o final de junho. Os bons ventos levaram analistas a considerar que a matéria-prima poderia em breve superar a fasquia dos 100 dólares por barril, mas as perspetivas de que a política monetária norte-americana irá manter-se restritiva durante mais tempo voltou a suscitar preocupações quanto à resiliência da economia.

A associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API na sigla em inglês) revela esta terça-feira os dados dos stocks de crude no país na semana passada, podendo um recuo das reservas dar alento aos preços de crude.

Ouro desliza com dólar mais forte
Ouro desliza com dólar mais forte

O ouro está a perder, pressionado pela valorização do dólar e pela "yield" da dívida norte-americana a 10 anos, que continua em níveis elevados.

A robustez da divisa norte-americana penaliza o metal precioso, uma vez que este é denominado na nota verde, pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas. E juros da dívida mais altos também, uma vez que o ouro não remunera rendimentos.

O ouro a pronto (spot) perde 0,16% para 1.912,84 dólares por onça, enquanto o paládio perde 0,82% para 1.224,36 dólares e a platina cede 0,63% para 908,98 dólares.

Os investidores aguardam pela divulgação de indicadores nos Estados Unidos que indicam o curso da inflação no país.

O chamado indicador PCE, que é visto pelos economistas como o indicador preferido da Reserva Federal (Fed) dos EUA no que toca à evolução dos preços, é divulgada na quarta-feira.

Os investidores aguardam pela divulgação de indicadores nos Estados Unidos que indicam o curso da inflação no país.

O chamado indicador PCE, que é visto pelos economistas como o indicador preferido da Reserva Federal (Fed) dos EUA no que toca à evolução dos preços, é divulgada na quarta-feira.

Euro cede face ao dólar

O euro está a desvalorizar face ao dólar, que renovou esta terça-feira máximos do ano.

A moeda única europeia desliza 0,02% para 1,0591 dólares.

A divisa norte-americana, que é também vista como um ativo-refúgio, está a beneficiar da perspetiva de que A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos irá aumentar os juros novamente este ano e de que as taxas vão manter-se elevadas durante mais tempo.

Numa entrevista ao Times of India, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, disse que o mundo pode não estar preparado para o pior cenário de a Fed subir os juros para 7% a par de uma estagflação - cenário que combina inflação, estagnação da economia e desemprego a subir.

Juros mistos na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a negociar de forma mista, num dia em que os investidores continuam a mostrar aversão ao risco. A perspetiva de que os bancos centrais vão manter as taxas de juro em níveis elevados durante mais tempo está a gerar receio no mercado.

A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos agrava-se 0,1 pontos base para 3,511%, enquanto os juros das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, aliviam 1,4 pontos base para 2,777%. A "yield" das obrigações germânicas desce um dia depois de ter renovado máximos de 2011 ao tocar nos 2,8%.

Já a rendibilidade da dívida pública italiana sobe 1,6 pontos base para 4,671%, os juros da dívida espanhola caem 0,6 pontos base para 3,858% e os juros da dívida francesa aliviam 1,2 pontos base para 3,329%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 2,7 pontos base para 4,290%.

Já a rendibilidade da dívida pública italiana sobe 1,6 pontos base para 4,671%, os juros da dívida espanhola caem 0,6 pontos base para 3,858% e os juros da dívida francesa aliviam 1,2 pontos base para 3,329%.

Preocupações com política monetária e imobiliário na China atiram Europa para o vermelho
Preocupações com política monetária e imobiliário na China atiram Europa para o vermelho

As bolsas europeias abriram em terreno negativo, pressionadas por preocupações renovadas com o setor imobiliário na China e pelos elevados juros da dívida pública no mundo desenvolvido.

A preocupação em torno do setor imobiliário chinês adensou-se depois de a Evergrande, uma das maiores construtoras da China, ter falhado um pagamento de dívida e de vários ex-gestores, incluindo o ex-CEO Xia Haijun, terem sido detidos.

O Stoxx 600, referência para a região, perde 0,33% para 448,96 pontos, com 19 dos 20 setores a registarem perdas. O do petróleo & gás é o que mais desvaloriza (-1,16%), seguido pelo da tecnologia, que cai 0,7%. Já o setor do retalho é o único que regista ganhos, embora muito ligeiros (0,02%).

Entre as principais movimentações, a operadora turística TUI desliza 4,16% para 4,3360 libras, com as perspetivas de juros elevados durante mais tempo a gerarem preocupações. "Com as taxas de juro a diminuírem o poder de gastar dos consumidores e a aumentarem os custos de vida, podem existir preocupações de que as reservas serão mais fracas a partir de agora", justificou Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown, em declarações à Bloomberg.

Já a ASML cai 1,89% para 544,5 euros.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 desliza 0,33%, o francês CAC-40 recua 0,59%, o espanhol Ibex 35 cai 0,07%, o italiano FTSE Mib cede 0,69% e o AEX, em Amesterdão, desvaloriza 0,46%. O britânico FTSE 100 é o único a registar ganhos, com uma subida de 0,15%.

Euribor desce a três, a seis e 12 meses

A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e 12 meses face a segunda-feira.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,199%, menos 0,009 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 21 de setembro para 4,224%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.

No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, baixou hoje para 4,090%, menos 0,032 pontos do que em 25 de setembro, dia em que subiu para 4,122%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Por sua vez, a Euribor a três meses caiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,941%, menos 0,036 pontos, depois de ter subido na segunda-feira para 3,977%, um novo máximo também desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Impasse sobre orçamento nos EUA pressiona Wall Street
Impasse sobre orçamento nos EUA pressiona Wall Street

Os principais índices em Wall Street abriram a negociar em baixa esta terça-feira, interrompendo os ganhos do primeiro dia da semana, numa altura em que os investidores continuam a avaliar o impacto das elevadas taxas de juro na economia.

O Dow Jones recua 0,48% para os 33.843,64 pontos, enquanto o S&P 500 perde 0,64%, para os 4.309,62 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,74%, para os 13.173,42 pontos.

A somar-se à ansiedade dos investidores estão também negociações que estão a decorrer em Washington, com os responsáveis políticos a discutirem o orçamento no Congresso e que, caso não exista acordo, poderá deixar o governo norte-americano sem dinheiro para fazer face às suas obrigações operacionais. Caso tal aconteça será apenas a quarta vez numa década.

Segundo a agência de "rating" Moody's, um "shutdown" do governo norte-americano teria um impacto negativo nas classificações de "rating" dos EUA.

"Um ambiente político polarizado, incerteza das condições macroeconómicas e depois atira-se um possível 'shutdown' do governo cria-se uma zona cinzenta onde não há nenhum caminho claro", disse à Bloomberg, Chris Giamo, analista do TD Bank.

Entre os principais movimentos de mercado, a farmacêutica Immunovant escala mais de 70%, depois de a empresa ter anunciado que o novo tratamento anticorpos tinha sido bem-sucedido nos testes iniciais.

Ouro segue a negociar em baixa após tocar mínimos da semana
Ouro segue a negociar em baixa após tocar mínimos da semana

O ouro está a negociar em baixa, depois de ter chegado a tocar mínimos de uma semana, pressionado pela subida dos juros dívida norte-americana.

O metal amarelo perde 0,42% para 1.907,22 dólares por onça.

Os investidores aguardam ainda os números da inflação, na ótica da despesa dos consumidores, que é medido através do índice de preços com gastos no consumo pessoal, ou PCE, considerado pelos analistas como o indicador favorito da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

Dólar abranda ganhos após voltar a tocar em máximos de dez meses
Dólar abranda ganhos após voltar a tocar em máximos de dez meses

O dólar está a negociar com ganhos muito ligeiros, depois de esta terça-feira ter chegado a tocar máximos de dez meses, numa altura em que os juros da dívida norte-americana a dez anos se mantêm em máximos de outubro de 2007.

Os investidores estão também a avaliar comentários do governador da Fed de Minneapolis, Neel Kahkari, que afirmou na segunda-feira que dada a força da economia dos EUA, as taxas de juro deveriam provavelmente voltar a subir e permanecer elevadas durante mais tempo até que a inflação retorne à meta dos 2%.

O dólar avança 0,01% para 0,9441 euros, enquanto que o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força do dólar face a dez moedas rivais, está a somar 0,03% para 106,0340 pontos.

Petróleo sobe com perspetiva de défice da oferta
Petróleo sobe com perspetiva de défice da oferta

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, depois de ontem terem atingido mínimos de duas semanas. A sustentar a tendência de hoje está a expectativa de uma menor oferta até ao resto do ano, o que está a ter mais peso do que os receios de uma menor procura decorrente de um panorama económico incerto.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,79% para 90,39 dólares por barril.

 

Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,57% para 93,82 dólares.

 

Além do renovado corte da oferta por parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+), a Arábia Saudita fechou a torneira a mais um milhão de barris por dia até final do ano, tendo a Rússia anunciado também uma redução diária extra de 300.000 barris atém ao fim de dezembro.

Juros agravam-se na Zona Euro. Mercado avalia comentários de membro do BCE

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, num dia em que os investidores estiveram a avaliar um cenário de juros altos durante mais tempo do que o esperado, bem como comentários do governador do Banco da Estónia. Madis Muller afirmou que não espera novas subidas dos juros diretores.

Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravaram-se 3 pontos base para 3,540%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo subiram 1,1 pontos base para 2,802%.

A rendibilidade dos juros da dívida soberana italiana aumentou 8 pontos base para 4,735%, os juros da dívida francesa subiram 2 pontos base para 3,361% e os juros da dívida espanhola somaram 3,5 pontos base para 3,900%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravaram-se apenas 0,3 pontos base para 4,319%.

Tecnologia e imobiliário levam Stoxx 600 a mínimos de julho
Tecnologia e imobiliário levam Stoxx 600 a mínimos de julho

Os principais índices europeus terminaram a sessão no vermelho, pressionados por preocupações relativas ao setor imobiliário na China, bem como pelas perspetivas de taxas de juro mais altas durante mais tempo por parte dos bancos centrais.

O índice de referência Stoxx 600 recuou 0,61% para os 447,70, um mínimo de julho. A pesar estiveram os setores da tecnologia e imobiliário, que perderam quase 2%.

Entre os principais movimentos de mercado, a fabricante de equipamentos de semicondutores ASM International perdeu mais de 2%, depois de a empresa ter dado um "guidance" para o resto do ano que ficou abaixo das expectativas do mercado.

Já a LVMH e a Richemont foram penalizadas por uma nota do Morgan Stanley que cortou as estimativas para a indústria dos bens de luxo, citando um menor dinamismo do mercado chinês.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perdeu 0,97%, o francês CAC-40 recuou 0,7%, o italiano FTSEMIB desvalorizou 1% e o espanhol IBEX 35 cedeu 0,2%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,72%.

Já o britânico FTSE 100 conseguiu uma subida marginal e avançou 0,02%.

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