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Europa fecha no vermelho. Tecnológicas pesam no Stoxx 600. Ventos da Fed pressionam petróleo
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
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Europa fecha no vermelho. Tecnológicas pesam no Stoxx 600
As bolsas europeias fecharam a sessão em terreno negativo, com o Stoxx 600 a somar o terceiro dia consecutivo de perdas.
O "benchmark" Stoxx 600 caiu 0,58% para os 438,92 pontos, com os setores da tecnologia e automóvel a liderarem as quedas, 1,53% e 1,11%, respetivamente.
Nas praças europeias, o alemão Dax recuou 0,72%, o francês CAC-40 perdeu 0,14%, o italiano FTSE Mib desceu 1,15% e o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,61%. Já o Aex, em Amesterdão, caiu 0,47%.
O período de ganhos a que se assistia nas bolsas europeias viu um travão após os dados acima do esperado nos Estados Unidos e uma inflação ainda muito elevada terem ofuscado o otimismo sobre o alívio das restrições na China e um possível abrandamento do ritmo da subida das taxas de juro.
Michael Hewson, analista na CMC Markets UK, considerou, em declarações à Bloomberg, que os recentes dados vindos do outro lado do Atlântico (como o emprego), atingiram de uma forma inesperada os mercados, que já davam como certo que o pico da inflação tinha passado.
Ventos da Fed pressionam petróleo
Os preços do petróleo seguem a perder terreno, com o sentimento dos investidores ainda abalado pelos sinais de que os juros diretores dos EUA poderão continuar mais elevados durante mais tempo do que se previa.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 2,43% para 80,67 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 2,27% para 75,18 dólares.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros da dívida soberana seguem a aliviar na Zona Euro, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes comentários de membros do Banco Central Europeu. Alguns responsáveis sinalizaram que tanto a inflação como as taxas de juro poderão estar perto do pico.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos aliviam 8,1 pontos base para 1,792%, enquanto os juros da dívida soberana italiana cedem 8,5 pontos base para 3,653%.
Já os juros da dívida pública francesa recuam 6,6 pontos base para 2,246%, ao passo que a "yield" da dívida espanhola cai 7,5 pontos base para 2,791%. Por cá, os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade perdem 7,6 pontos base para 2,701%.
Fora da região, os juros da dívida britânica aliviam 2,7 pontos base para 3,067%.
Ouro valoriza. Euro e dólar na linha d' água
O ouro valoriza e euro e dólar seguem na linha d' água, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes dados sobre o setor dos serviços nos EUA e continuam a monitorizar os desenvolvimentos da aplicação da política "zero covid-19" na China.
O indicador de força do dólar segue inclinado para terreno positivo, enquanto os investidores ainda digerem os dados económicos relativos ao setor dos serviços que foram melhores que o esperado e abrem, por isso, a porta à possibilidade de uma manutenção do ritmo da subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana na reunião de dezembro.
O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - negoceia na linha d' água, mais inclinado para terreno positivo (0,09%) para 105,35 pontos.
Ainda assim, o euro valoriza ligeiramente perante a divisa norte-americana, subindo 0,03%, para 1,0502 dólares. Já o ouro sobe 0,17% para 1.771,42 dólares a onça.
Wall Street abre mista, ainda pressionada pela Fed
Wall Street está a negociar em terreno negativo, ainda pressionada por dados económicos relativos ao setor dos serviços que foram melhores que o esperado e abrem, por isso, a porta à possibilidade de uma manutenção do ritmo da subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana na reunião de dezembro.
O Dow Jones sobe 0,17%, para os 34.006,65 pontos, enquanto o S&P 500 desliza 0,01%, para os 3.998,35 pontos, seguindo ainda assim a caminho do melhor quarto trimestre desde 1999. Já o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,25%, para os 11.212,26 pontos.
"Consideramos que as condições económicas para um ganho sustentado ainda não estão reunidas", explicou à Bloomberg o analista do UBS, Mark Haefele, ressalvando que o crescimento da economia está a desacelerar e os bancos centrais ainda estão a subir os juros diretores.
Taxas Euribor sobem e a três e seis meses para máximos desde o início de 2009
As taxas Euribor subiram hoje a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira e nos dois prazos mais curtos para máximos desde o início de 2009.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,443%, mais 0,007 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou hoje, ao ser fixada em 1,993%, mais 0,018 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro.
No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu hoje, ao ser fixada em 2,870%, mais 0,029 pontos do que na segunda-feira, contra 2,892% em 28 e 29 de novembro, um máximo desde janeiro de 2009.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa mista, com Stoxx 600 no vermelho
As principais praças europeias abriram a negociar no vermelho, naquele que seria o terceiro dia de perdas, mas rapidamente algumas subiram a terreno positivo. A pesar na negociação estão perspetivas relativas à subida das taxas de juro tanto por parte da Fed como do BCE, na reunião de dezembro.
O Stoxx 600 - índice de referência que agrega as maiores empresas da Europa - desliza 0,07% para 441,16 pontos. O setor que mais penaliza é o petróleo e gás que perde 0,84%, seguido pelo automóvel e alimentar que recuam ambos 0,68%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o espanhol IBEX 35 perde 0,42%, o britânico FTSE 100 desce 0,10%, o italiano FTSEMIB recua 0,04%. Do lado dos ganhos, o francês CAC-40 valoriza 0,08%, em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,07% e o alemão Dax soma 0,04%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, numa altura em que os investidores analisam comentários do presidente do banco central francês, Francois Villeroy de Galhau, que afirmou que era a favor de uma subida em 50 pontos base na reunião de dezembro do Banco Central Europeu, mas ao mesmo tempo aumentou o valor da taxa terminal das taxas de juro diretoras.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - recuou 2,9 pontos base para 1,844%, enquanto os juros da dívida pública italiana perdem 5,2 pontos base para 3,686%.
Já os juros da dívida espanhola aliviam 4,4 pontos base para 2,822%, enquanto os juros da dívida francesa recuam 3,9 pontos base para 2,273%. Por cá, os juros da dívida pública portuguesa aliviam 3,9 pontos base para 2,738%.
Fora da Zona Euro, a "yield" da dívida britânica recua 1,3 pontos base para 3,081%.
Dólar ganha face ao euro, depois de maior subida em duas semanas
O dólar está a valorizar em relação ao euro, numa altura em que está a ser beneficiado por uma possível manutenção da política monetária mais agressiva por parte da Fed. A nota verde registou assim o seu maior rally em duas semanas esta segunda-feira.
O dólar avança 0,085% para 0,9535 euros. Já o índice dólar da Bloomberg, que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais, valoriza 0,09%, para 105,388 pontos.
Ouro soma, mesmo com possível manutenção de ritmo de subida das taxas de juro pela Fed
O ouro está a valorizar com os investidores a analisarem dados relativos aos serviços revelados esta segunda-feira nos Estados Unidos, que foram acima do esperado e devem por isso fazer com que a Fed mantenha o ritmo de subida das taxas de juro.
O ouro soma 0,22% para 1.772,59 dólares por onça.
"A boa negociação do ouro nas últimas semanas é largamente baseada na fraqueza do dólar norte-americano e nas expectativas do mercado que a Fed iria começar a relaxar a política monetária antes do final de 2023", referiu à Bloomberg o analista Philip Klapwijk, da Precious Metal Insights.
Petróleo soma depois de dois dias de quedas. Gás valoriza
O petróleo está a valorizar depois de dois dias em queda, impulsionado por sinais de que a China se poderá estar a afastar da restrita política de covid-zero. Ao mesmo tempo, os investidores estão a analisar o tecto de 60 dólares imposto ao crude proveniente da Rússia.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, avança 0,32% para 77,18 dólares por barril, depois de ontem ter perdido 3,8%, ao passo que o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,47% para 83,07 dólares por barril.
Há incerteza "sobre quão rápido a China vai relaxar as suas medidas de covid e o impacto do embargo na UE e o tecto nos preços por parte do G7", explicou Warren Patterson, analista do ING, à Bloomberg.
"Por agora, dado que o tecto do G7 está acima dos valores onde os Urais [petróleo de referência russo] estão a negociar, esperamos que tenha pouco impacto direto", terminou.
No mercado do gás, os futuros estão a valorizar à medida que as temperaturas no Velho Continente vão arrefecendo. Ainda assim, os preços desta matéria-prima estão controlados devido aos níveis de armazenamento que se situam em 91%, um valor mais elevado que o normal para esta altura do ano.
Os contratos do gás a um ano negociados em Amesterdão (TTF), referência para o mercado europeu, sobem 3,9% para 140 euros por megawatt-hora.
Ásia mista. Europa aponta para perdas
As principais praças europeias estão a um apontar para um início de negociação no vermelho, à medida que se aproxima a semana de decisões de política monetária tanto do Banco Central Europeu, como da Reserva Federal norte-americana e os investidores avaliam qual será o caminho a seguir.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,3%.
Na Ásia, os índices da região estiveram a negociar perto do valor mais baixo em uma semana, depois das ações chinesas terem perdido "momentum", com maior pressão dos Estados Unidos. Os dados divulgados esta segunda-feira sobre o setor dos serviços foram acima do esperado, colocando de novo em cima da mesa uma possível subida agressiva das taxas de juro por parte da Fed.
Apenas no Japão a negociação foi positiva, com os investidores a avaliaram comentários mais "dovish" por parte do governador Haruhiko Kuroda.
Pela China, Xangai avançou 0,1%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng desceu 0,9%. Pelo Japão, o Topix subiu 0,1% e o Nikkei ganhou 0,3%. Já na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,6%.