Europa fecha no vermelho à espera da Fed. Petróleo avança
Acompanhe, minuto ao minuto, todos os desenvolvimentos dos mercados durante esta quarta-feira.
- Europa deve vestir-se de verde. Ásia positiva pelo terceiro dia
- Petróleo ganha com redução dos stocks nos EUA
- Ouro soma à espera da Fed
- Euro sobe face ao dólar. Iene ganha pelo segundo dia
- Juros agravam-se na Zona Euro com Fed à vista
- Europa vai de verde a mista, com o aproximar da decisão da Fed
- Wall Street com perdas ligeiras à espera de ouvir anúncio de Powell
- Ouro recua com dólar a subir, em antecipação de anúncio da Fed
- Petróleo sobe com quebra nas reservas dos EUA
- Juros na Zona Euro praticamente inalterados em dia de Fed
- Europa fecha no vermelho com atenções no outro lado do Atlântico
Os principais índices europeus estão a caminho de uma abertura em terreno positivo, com o os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a subirem 0,5%.
Esta quarta-feira é esperada uma decisão de política monetária da Reserva Federal norte-americana, em que o banco central deve subir as taxas de juro em 75 pontos base - é o que aponta o mercado de "swaps".
Na Ásia, a negociação também foi positiva, num dia em que as principais praças da região registaram o terceiro dia consecutivo de ganhos.
A sustentar a sessão esteve especulação de que a China poderá abandonar gradualmente a política de covid-zero no país, mas o entusiasmo pode desvanecer-se caso aos autoridades não sigam os rumores que têm sido noticiados nos últimos dias, explicou o analista Jun Rong Yeap, da IG Asia, à Bloomberg.
Na China, o Hang Seng subiu 1,6% e Xangai valorizou 0,9%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,2% e no Japão, o Nikkei cedeu 0,06% e o Topix somou 0,2%.
O petróleo está a valorizar ligeiramente, após terem sido divulgados dados por parte do instituto norte-americano do petróleo (API, na sigla em inglês) que mostrou que os stocks de crude diminuíram no último mês e que o mercado deverá continuar a apertar.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - soma 0,77% para 89,05 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – sobe 0,58% para 95,20 dólares por barril.
O crude recuperou este trimestre, depois da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) ter cortado a produção a partir de novembro. Os cortes da organização vão ser seguidos pelas sanções da União Europeia ao petróleo russo, contribuindo para um cenário incerto do lado da produção.
"O corte de produção da OPEP+ deve manter as perspetivas de fornecimento de petróleo apertadas", explicou o analista Charu Chanana, do Saxo Capital Markets à Bloomberg.
"Mas o sentimento no geral deve permanecer confuso por preocupações relativas a uma diminuição da procura e as sanções da UE ao crude russo", adiantou ainda.
O ouro está a valorizar com os investidores de olhos postos na decisão de política monetária, esperada no final do dia desta quarta-feira por parte da Reserva Federal norte-americana
O metal precioso esteve também a registar ganhos esta terça-feira, depois de ter registado perdas todos os meses desde março, altura em que os preços subiram devido à guerra na Ucrânia.
O metal amarelo soma 0,34% para 1.653,57 dólares por onça.
Os traders estão agora a apostar "numa Fed menos 'hawkish' depois da reunião de novembro", explica a analista Ravindra Rao, da Kotak Securities à Bloomberg.
Ainda assim, a antiga secretária de estado do tesouro dos Estados Unidos referiu que a Fed deveria "permanecer no caminho atual" e a avisou que as expectativas de uma política mais "dovish" estão "bastante erradas".
O euro está a valorizar face ao dólar, numa altura em que a "nota verde" está a ser influenciada pela antecipação de uma decisão de política monetária por parte da Fed, em que o banco central norte-americano deverá subir as taxas de juro em 75 pontos base.
A moeda única europeia soma assim 0,27% para 0,9904 dólares.
A estrela do dia é o iene, que valoriza face ao dólar pelo segundo dia consecutivo, após o governador do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, ter dito no parlamento que o país já não se encontra em deflação, desde que o banco central começou o seu programa de desaceleração da política monetária.
Os juros na Zona Euro estão a agravar-se ligeiramente esta quarta-feira, no dia em que é esperada a decisão da Reserva Federal dos EUA (Fed), que deverá aumentar as taxas diretoras em 75 pontos base.
A "yield" das "bunds" alemãs, referência para o mercado da dívida europeu, sobe 0,6 pontos base, para 2,132%. Já os juros da dívida italiana a dez anos somam 2,9 pontos, para 4,28%.
Em Portugal, a "yield" da dívida portuguesa agrava 0,3 pontos, para 3,121%, enquanto que em Espanha os juros sobem 1,7 pontos base, até aos 3,215%.
Os principais índices europeus iniciaram a negociação de verde, mas estão agora mistos, numa altura em que aguardam o resultado da reunião do comité de política monetária da Fed esta quarta-feira.
O Stoxx 600 - referência para a Europa ocidental - soma 0,14% para 415,21 pontos, com o setor mineiro, petróleo e gás e alimentar a liderarem os ganhos, embora com uma valorização inferior a 0,5%."O foco vai estar no comunicado e no discurso de Powell", explica o analista Ulrich Urbahn da Berenberg, à Bloomberg.
"Se existir alguma pista de uma desaceleração do ritmo da subida das taxas de juro, isso deve ser bom para o sentimento dos investidores. Se não, o mercado ficará vulnerável a um forte retrocesso dados os ganhos recentes", aponta.
Wall Street abriu em terreno negativo, embora com perdas ligeiras, no dia em que a Fed deverá anunciar uma subida em 75 pontos base das taxas de juro e os mercados aguardam ansiosamente o discurso do presidente Jerome Powell, marcado para as 18:30 desta quarta-feira.
O industrial Dow Jones recua 0,39%, para os 32.526,54 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 perde 0,46%, para os 3.838,32 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,38%, para os 10.849,39 pontos.
"Os mercados querem clareza pelo menos sobre quando a Fed planeia abrandar o atual ciclo de subida das taxas de juro, mas o presidente Powell não está em posição de anunciar isso ainda", aponta o analista Nicolas Colas, da DataTrek Research, à Bloomberg.
"Para qualquer sinal que aponte para uma desaceleração da economia norte-americana, há outros que revelam que o mercado laboral permanece forte", adianta ainda.
O ouro segue a desvalorizar ligeiramente, com o dólar a recuperar, em dia do esperado anúncio da subida das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos. Com a subida é garantida, os investidores vão estar atentos a indícios de quando a Fed poderá começar a recuar.
O metal amarelo avança 0,07% para 1.646,79 dólares por onça. Desde o último pico, em março, o ouro perdeu 20% do seu valor. O ouro começou o dia a valorizar, mas foi perdendo terreno à medida que o dólar subia, em antecipação da reunião da Fed. O euro perde agora 0,04% para 0,9873 dólares. Os dados económicos mistos não estão a permitir previsões consensuais sobre quando as taxas podem descer. As contratações nas empresas norte-americanas aumentaram mais do que o previsto em outubro, de acordo com o AD Research Institute, um sinal de que o mercado de trabalho permanece robusto. Por outro lado, dados da produção industrial revelam que novas encomendas caíram em outubro pela quarta vez em cinco meses, o que veio contribuir para um maior receio com uma recessão. Os investidores estão a apostar "numa Fed menos agressiva, após a reunião de novembro", disse à Bloomberg Ravindra Rao, da Kotak Securities. "Se isso acontecer, os metais preciosos podem recuperar à boleia de um enfraquecimento do dólar", sublinhou.
O ouro começou o dia a valorizar, mas foi perdendo terreno à medida que o dólar subia, em antecipação da reunião da Fed. O euro perde agora 0,04% para 0,9873 dólares.
Os dados económicos mistos não estão a permitir previsões consensuais sobre quando as taxas podem descer. As contratações nas empresas norte-americanas aumentaram mais do que o previsto em outubro, de acordo com o AD Research Institute, um sinal de que o mercado de trabalho permanece robusto. Por outro lado, dados da produção industrial revelam que novas encomendas caíram em outubro pela quarta vez em cinco meses, o que veio contribuir para um maior receio com uma recessão.
Os preços do petróleo seguem em alta após ser conhecido que as reservas de crude dos Estados Unidos diminuíram na semana passada. No entanto, os movimentos nos preços não são muito expressivos dado os investidores estarem focados na conferência de imprensa do presidente da Reserva Federal (Fed) após nova subida das taxas diretoras.
O barril de Brent, referência para a Europa, para entrega em janeiro avança 1,76%, para os 96,32 dólares.
Já os contratos de dezembro do West Texas Intermediate (WTI) sobem 2,06%, para 90,19 dólares por barril.
As reservas de petróleo dos EUA recuaram em 3,12 milhões de barris na semana passada, enquanto os "stocks" de gasolina caíram para o nível mais baixo em oito anos.
Os juros da dívida soberana na Zona Euro fecharam praticamente inalterados, num dia em que vai ser conhecida a decisão do comité da Reserva Federal norte-americana quanto a uma nova subida das taxas de juro diretoras.
A "yield" da dívida portuguesa e da dívida francesa não sofreram quaisquer alterações, tendo-se fixado nos 3,119% e nos 2,669%, respetivamente.
Já os juros das "Bunds" alemãs agravaram-se 0,4 pontos base para 2,130%, ao passo que os juros da dívida italiana subiram 2,9 pontos base para 4,280% e a "yield" da dívida espanhola avançou 1 ponto base para 3,208%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviaram 7,1 pontos base para 3,388%.
As bolsas europeias encerraram a negociação desta quarta-feira em terreno negativo, com os investidores a aguardar o discurso da Fed.
O Stoxx 600 - referência para a Europa - perdeu 0,29% para 413,39 pontos, com praticamente todos os setores no vermelho. Apenas o das telecomunicações fechou no verde, a subir 0,47%, e o das utilities (água, luz e gás) na linha d'água, com um avanço de 0,01%.
Nas restantes praças europeias, o alemão Dax caiu 0,61%, o francês CAC-40 recuou 0,81%, o espanhol Ibex cedeu 0,38% e o italiano FTSE MIB desceu 0,03%. Já o britânico FTSE 100 perdeu 0,58%.
Os investidores já dão praticamente como garantido um novo aumento das taxas de juro em 75 pontos base, estando as atenções centradas em possíveis pistas sobre se estará para breve um alívio da política monetária.
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