pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Fecho dos mercados: Pacote para a banca italiana suporta bolsas. Matérias-primas em queda

O resgate à banca italiana deu fôlego às acções do sector financeiro europeu, num dia de quedas para as cotações do petróleo.

traders mercados eleições
traders mercados eleições Reuters
26 de Junho de 2017 às 17:23

Os mercados em números

PSI-20 avançou 0,65% para 5.234,67 pontos

Stoxx 600 subiu 0,37% para 389,05 pontos

S&P 500 ganha 0,16% para 2.442,23 pontos

Juros da dívida a dez anos avançaram 0,7 pontos base para 2,931%

Euro avança 0,07% para 1,1201 dólares

Brent desvaloriza 0,37% para 45,37 dólares por barril

Banca puxa pelas bolsas

As principais praças europeias terminaram a sessão desta segunda-feira, 26 de Junho, em alta. O índice europeu Stoxx 600 avançou 0,37%, num dia dominado pela notícia de que o governo italiano reservou um pacote de resgate para a banca do país no valor de 17 mil milhões de euros. O Executivo transalpino vai intervir em dois bancos problemáticos e cobrir as suas perdas com este pacote de resgate financeiro.

O Intesa Sanpaolo, que acordou comprar dois bancos - Banca Popolare di Vicenza e Venero Banca - por um euro, numa operação que salvaguardará as poupanças dos clientes das duas instituições, evitando ainda o efeito de contágio sobre outros bancos em risco, subiu mais de 3,5%. Já a Nestlé disparou também mais de 3,5%, depois de ter sido divulgado que o hedge fund do investidor activista Dan Loeb ter assumido uma posição de 3,5 mil milhões de dólares na empresa.

Em Lisboa, a sessão foi igualmente de ganhos. O PSI-20 somou 0,65%, suportado pelos ganhos do BCP e da Jerónimo Martins. O banco liderado por Nuno Amado ganhou 2,07% para 0,2362 euros, a acompanhar o sentimento positivo no sector na Europa. Já a retalhista valorizou 1,35% para 17,70 euros. A marcar a sessão na praça portuguesa esteve porém o sector dos media. A Impresa escalou 10,55% para 0,44 euros, animada pela especulação de movimentos de fusões e aquisições no sector, depois de a Altice ter confirmado o interesse numa potencial aquisição do grupo Media Capital.

Juros pouco alterados abaixo de 3%

Os juros da República Portuguesa registaram subidas ligeiras em praticamente todas as maturidades. A taxa de referência a dez anos avançou 0,7 pontos base para 2,931%, mantendo-se assim abaixo da fasquia dos 3%. Portugal esteve a contrariar a tendência registada pelos restantes países da periferia. Os juros de Espanha encerraram em queda ligeira, enquanto a "yield" de Itália esteve a aliviar mais de três pontos base.

Ao contrário dos juros portugueses, as "bunds" alemãs estiveram a recuar. A taxa alemã a dez anos baixou 1 ponto base para 0,245%, aumentando o diferencial face à dívida portuguesa para 268,6 pontos base.

Euribor estável a três e seis meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três e seis meses e subiram a nove e 12 meses em relação a sexta-feira. A seis meses, a taxa Euribor manteve-se em -0,273%, actual mínimo de sempre registado pela primeira vez em 23 de Junho. A Euribor a três meses também se manteve inalterada, em -0,331%. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu hoje, para -0,161, mais 0,002 pontos e contra o actual mínimo de sempre, de -0,163%, registado pela primeira vez na sexta-feira.

Euro em alta ligeira

A moeda única europeia segue a valorizar face ao dólar. O euro avança 0,07% para 1,1201 dólares, com a divisa a beneficiar da divulgação de indicadores económicos desapontantes nos EUA. A encomenda de bens duradouros caiu mais do que estimado em Maio, enquanto o índice de actividade nacional da Fed de Chicago relativo ao mês de Maio registou uma queda inesperada.

Petróleo prolonga quedas

Os preços do petróleo arrancaram a semana a desvalorizar. Depois de a matéria-prima ter encerrado com a quinta semana consecutiva de descidas, o Brent desce 0,37% para 45,37 dólares por barril, em Londres. Já o WTI, em Nova Iorque, baixa 0,02% para 43 dólares por barril.

O ouro negro tem vindo a ser penalizado pelos receios de que o crescimento da oferta de petróleo a nível mundial vá prejudicar a estratégia da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir a produção. Estes receios agudizaram-se depois de ter sido divulgados que a exploração de petróleo nos EUA cresceu pela 23ª semana, a maior série de aumentos em três décadas, segundo valores divulgados no final da semana pela Baker Hughes.

Ouro perde valor

Os preços do ouro estiveram a registar uma forte queda esta segunda-feira. O metal precioso segue a descer 0,98% para 1.244,38 dólares por onça mas chegou a cair mais de 1,5%, num movimento repentino que poderá ter sido justificado por uma ordem errada, segundo a Bloomberg.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio