Fecho dos mercados: Petróleo afunda para mínimos de um ano e bolsas europeias respiram com injeção da China
A Europa fechou a sessão de hoje a negociar em território positivo, com as ações a serem impulsionadas pela injeção de capital do Banco Central da China, para combater o impacto económico que o vírus está a ter na região. O petróleo segue em mínimos de um ano.
Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,51% para 5.225,04 pontos
Stoxx 600 ganhou 0,25% para 411,72 pontos
S&P500 avança 0,72% para 3.248,76 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1 ponto base para 0,267%
Euro recua 0,25% para 1,1065 dólares
Petróleo em Londres cai 3,46% para 54,66 dólares o barril
Europa respira com injeção de capitalOs principais mercados europeus terminaram a sessão de hoje em território positivo com o Stoxx 600, o índice que reúne as 600 maiores cotadas da região, a valorizar 0,25% para 411,72 pontos.
Numa sessão em que o destaque foi para o regresso dos mercados da China à negociação, depois de vários dias encerrados devido ao feriado do Ano Lunar, posteriormente prolongado devido ao coronavírus, os mercados na Europa receberam com bons olhos a notícia de que o banco central do país iria injetar largas quantias de dinheiro na economia do país.
O Banco Central da China injetou 900 mil milhões de yuans de fundos por meio de operações de recompra reversa e as autoridades chinesas impuseram limites à venda de títulos cotados em bolsa a descoberto para tentar conter o pânico. Por cá, o índice
Juros da Zona Euro mistosOs juros da dívida das maiores economias da Zona Euro seguem hoje caminhos distintos. Se por um lado, os juros da dívida alemã a dez anos perdem 0,8 pontos base para os -0,445%, os pares portugueses e italianos seguem a subir. Os juros nacionais sobem 1 ponto base para os 0,267% e os transalpinos avançam 1,7 pontos base para os 0,947%.
Libra derrapa após discurso de BorisA moeda britânica reagiu mal ao discurso do primeiro-ministro e líder do Partido Conservador e liderou as maiores quedas entre um grupo das dez principais moedas, ao depreciar 1,63% para os 1,229 dólares, a maior queda das últimas sete semanas. Por sua vez, a divisa norte-americana beneficiou dos dados industriais fortes, com o PMI a fixar-se nos 51,9 pontos em janeiro, acima das expectativas.
Boris Johnson disse que vai rejeitar um relacionamento próximo com a UE, recusando ficar alinhado às regras europeias e sob jurisdição dos tribunais comunitários deixando a relação entre ambos ainda mais instável.
O euro recua 0,25% para 1,1065 dólares.
WTI abaixo dos 50 dólares pela primeira vez em um ano. Brent em mínimosOs preços do petróleo mantêm a tendência negativa das últimas semanas, pressionados pelo impacto que o coronavírus chinês está a ter na procura global pela matéria-prima. Hoje, o Brent - que serve de referência para Portugal - perde 3,46% para 54,66 dólares por barril.
O norte-americano WTI (West Texas Intermediate) desvaloriza 2,46% para os 50,29 dólares, tendo caído abaixo do patamar dos 50 dólares por barril durante a sessão, pela primeira vez, em cerca de um ano. Nos próximos dois dias, os departamentos técnicos dos países que compõem a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados), vão-se reunir em Viena, na Áustria, para definir uma estratégia para amenizar o impacto que o coronavírus está a ter nos preços do "ouro negro". A procura de petróleo da China diminuiu em cerca de três milhões de barris por dia, o que corresponde a 20% do consumo total.
Nos próximos dois dias, os departamentos técnicos dos países que compõem a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados), vão-se reunir em Viena, na Áustria, para definir uma estratégia para amenizar o impacto que o coronavírus está a ter nos preços do "ouro negro".
Ouro deprecia com receios da joelharia chinesaO ouro pôs fim a um ciclo vitorioso que culminou com um máximo de três semanas, beneficiando com a fuga aos ativos de maior risco por parte dos investidores, mas não se livrou do impacto do coronavírus. A hipótese de que as vendas das maiores joelharias a retalho na China possam ser impactadas pelo vírus que teve origem no país conduziu o metal precioso para território negativo, ao cair 0,75% para os 1.557,17 dólares por onça.
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