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Europa maioritariamente em baixa apesar de dados positivos na Alemanha

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.

operadores, traders, bolsa
operadores, traders, bolsa Eduardo Munoz/Reuters
05 de Setembro de 2024 às 17:54
Futuros da Europa em ligeira queda. Cautela também penaliza bolsas asiáticas

Os principais índices europeus estão a apontar para quedas ligeiras na abertura da sessão desta quinta-feira, com os investidores a avaliarem dados que mostraram maior abrandamento do que o esperado do mercado laboral norte-americano.

Isto numa altura em que os investidores se têm centrado mais nas perspetivas de crescimento e possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, em comparação com a evolução da inflação.

Os futuros sobre o Euro Stox 50 abrandam 0,3%.

Na Ásia, a sessão foi negativa, mesmo com uma recuperação das empresas ligadas ao fabrico de "chips", depois do "sell-off" gerado por preocupações de altos níveis de sobrecompra derivado do "rally" de inteligência artificial.

No Japão, o Nikkei tocou em mínimos de três semanas, com os investidores a optarem por ativos-refúgio, o que deu força ao iene, e penalizou as cotadas exportadoras do país.

Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, perde 0,49% e o Shanghai Composite avança 0,11%. No Japão, o Nikkei cai 1,05% e o Topix desvaloriza 0,48%. Já na Coreia do Sul, o Kospi regista um decréscimo de 0,3%.

Petróleo já recupera com OPEP+ a ponderar adiar injeção de crude no mercado
Petróleo já recupera com OPEP+ a ponderar adiar injeção de crude no mercado

Os preços do petróleo estão a recuperar ligeiramente das mais recentes quedas, que levaram os dois "benchmarks" a mínimos de vários meses, numa altura em que grandes produtores avaliam a possibilidade de adiamento de um aumento da produção que estava previsto para outubro.

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, soma 0,23%, para os 69,36 dólares por barril, após ontem terminado no valor mais baixo desde dezembro. Já o Brent, de referência para o continente europeu, avança 0,21% para 72,85 dólares, recuperando e mínimos de desde finais de junho de 2023.

Na semana passada, a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) tinha definido que ia proceder com um aumento da produção em 180 mil barris diários, como parte do plano para gradualmente voltar a colocar no mercado 2,2 milhões de barris de crude por dia.

Mas o potencial fim de uma disputa na Líbia, que reduziu as exportações do país para metade, e a procura mais reduzida na China e nos Estados Unidos tem levado o grupo a reconsiderar.

Ainda esta quarta-feira foram conhecidos os dados da associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API) que mostrou que os "stocks" de crude caíram na semana passada, bem acima das expectativas dos analistas.

Ouro em alta à boleia de dados do emprego nos EUA abaixo do esperado
Ouro em alta à boleia de dados do emprego nos EUA abaixo do esperado

O ouro está a valorizar à boleia de uma aversão ao risco nos mercados mundiais, depois de terem sido conhecidos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos que ficaram abaixo do esperado.

Se, por um lado, estes dados aumentam as probabilidades de um corte de juros de maior dimensão pela Reserva Federal em setembro, por outro, voltam a colocar em cima da mesa um cenário de elevada fraqueza económica da maior economia mundial. Os dois cenários sustentam os preços do ouro.

O metal amarelo soma 0,36% para 2.504,78 dólares por onça.

No entanto, os "traders" justificam a ligeira movimentação do ouro, devido à divulgação de novos dados do mercado laboral nos EUA, que deverá dar maior clareza tanto sobre o futuro da política monetária, como sobre o estado da economia norte-americana.

Dólar inalterado à espera de novos dados. Rupia indiana em minímos históricos
Dólar inalterado à espera de novos dados. Rupia indiana em minímos históricos

Depois de ter estado a desvalorizar durante a sessão asiática, com a procura por ativos-refúgio, como o iene, a aumentar, o dólar está agora a negociar praticamente inalterado face às principais divisas rivais.

A cautela está a levar os investidores a aguardarem novos dados sobre o mercado laboral norte-americano que deverão impactar as perspetivas relativamente à dimensão de um corte de juro da Reserva Federal, bem como relativamente à economia norte-americana.

O dólar cede 0,04% para 0,9019 euros e recua 0,08% para 143,63 ienes. O índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda face a 10 divisas rivais - perde 0,07% para 101,292 dólares.

Pela Ásia, a rupia indiana está em destaque depois de ter atingido mínimos históricos face à moeda norte-americana, nas 83,985 rupias, pressionada pelo aumento da procura de dólares por importadores que procuram fazer face aos seus pagamentos imediatos e futuros.

À Reuters, os "traders" indicaram que se não tivesse sido pela intervenção do banco central indiano as quedas ter-se-iam aprofundado.

Europa sem tendência definida com foco nos dados do emprego nos EUA
Europa sem tendência definida com foco nos dados do emprego nos EUA

Os principais índices europeus estão a negociar sem tendência definida, numa altura em que um cenário de recessão nos Estados Unidos e abrandamento da economia chinesa está a penalizar o sentimento dos investidores.

O mercado segue a avaliar dados, publicados esta quarta-feira, que mostraram maior abrandamento do que o esperado do mercado laboral norte-americano.

Isto numa altura em que os investidores se têm centrado mais nas perspetivas de crescimento e possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, em comparação com a evolução da inflação.

O índice de referência europeu cede 0,01% para 514,77 pontos, com o setor mineiro a pressionar. Pela positiva, setores como as "utilities" (água, luz, gás) e a banca valorizam mais de 1%.

"O mercado está a incorporar nos preços um pouco de incerteza e uma certa fragilidade, o que é relativamente normal", afirmou à Bloomberg Helen Jewell, CIO da BlackRock Fundamental Equities na Europa.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,16%, o francês CAC-40 recua 0,26%, o italiano FTSEMIB ganha 0,28%, o britânico FTSE 100 sobe 0,14% e o espanhol IBEX 35 avança 0,6%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,21%.

Wall Street sem direção definida apesar de maior robustez do mercado laboral
Wall Street sem direção definida apesar de maior robustez do mercado laboral

Wall Street continua à procura de uma direção firme, numa altura em que foram conhecidos os novos dados sobre os novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, que ficaram abaixo das projeções do mercado.

Na semana passada, mais 227 mil pessoas pediram subsídio de desemprego no país – quando as previsões dos analistas contactados pela Reuters eram de 230 mil. Estes dados apontam para uma maior robustez do mercado de trabalho do que inicialmente antecipado, numa altura em que o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, aliou ao combate à inflação a necessidade de proteger o mercado laboral.

O S&P 500 abriu a avançar 0,09% para 5.525,64 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,51% para 17.170,72 pontos. O Dow Jones é o único a registar perdas nesta abertura, ainda que ligeiras, ao recuar 0,16% para 40.911,39 pontos.

As ações tecnológicas foram, principalmente, impulsionadas pela Nvida, que abriu a sessão a valorizar 1,68% para 107,99 dólares, com o otimismo a estender-se para outras "megacaps" do setor (empresas com maior capitalização de mercado), como a Meta, a Alphabet e a Apple.

Já a Tesla cresce 4,52% para 229,32 dólares, depois de a fabricante de automóveis ter revelado que planeia lançar o seu software completo de condução autónoma na Europa e na China já no próximo ano.

Do lado das perdas, o destaque vai para a Frontier Communications, que cai 8% depois de a Verizon ter dito que compraria a empresa por 20 mil milhões de dólares – um valor abaixo da capitalização de mercado da operadora telefónica.

A proteção do mercado de trabalho é um dos estandartes da Fed, que, na quarta-feira, divulgou o seu Livro Bege – um relatório sobre a situação económica nos EUA, publicado oito vezes por ano. Neste, o banco central sinalizou que os níveis de emprego, nas últimas semanas, têm-se mantido "globalmente estáveis", com os empregadores a serem mais seletivos com as contratações e menos propensos a expandir as forças de trabalho, citando preocupações em torno da procura e uma perspetiva económica incerta".

Ouro continua a "brilhar" com mercado laboral a centrar atenções
Ouro continua a 'brilhar' com mercado laboral a centrar atenções

O ouro continua a somar, numa altura em que os investidores se encontram a digerir os mais recentes dados dos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, que apontam para um mercado laboral mais robusto do que antecipado.

Estes dados servem como um contrabalanço aos que foram conhecidos na quarta-feira, quando foi divulgado que as empresas norte-americanas adicionaram o menor número de empregos à economia no mês passado, desde o início de 2021.

Os investidores estão agora mais preocupados com a vitalidade do mercado laboral do que com a inflação. Com a evolução dos preços muito abaixo do pico pandémico, o banco central norte-americano deve começar a cortar nas taxas de juro já este mês, de forma a aliviar a pressão que a política monetária tem exercido sobre o mercado de trabalho e a economia.

O ouro avança, assim, 0,52% para 2.508,79 dólares por onça. Este metal precioso tende a beneficiar de uma política monetária menos restritiva, uma vez que não paga juros.

Dólar em baixa ligeira com sinais mistos vindos dos EUA
Dólar em baixa ligeira com sinais mistos vindos dos EUA

O dólar está a negociar em ligeira baixa em relação a um leque dos seus principais concorrentes, numa altura em que os investidores estão preocupados com os sinais mistos vindos do mercado laboral norte-americano, bem como com a vitalidade da economia.

O índice do dólar da Bloomberg recua 0,04%, com a libra e o euro a avançarem em relação à "nota verde". A divisa europeia sobe 0,05% para 1,1087 dólares, enquanto a divisa britânica cresce 0,11% para 1,3161 dólares.

Em contraciclo, o dólar avança 0,06% para 143,82 ienes, depois de ter tocado em mínimos de um mês contra a divisa nipónica. O iene está a ser impulsionado pela iminente subida das taxas de juro por parte do banco central japonês, numa altura em que a direção mundial é maioritariamente um alívio da política monetária.

O mercado já incorporou totalmente um provável corte de 25 pontos base nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana, e vê agora uma probabilidade de 45% do banco central proceder com um alívio de 50 pontos base. Os dados da criação de emprego, que vão ser divulgados na sexta-feira, podem ser um fator determinante para a Fed definir a magnitude dos cortes.

Petróleo abranda ganhos verificados após OPEP+ adiar retoma da produção
Petróleo abranda ganhos verificados após OPEP+ adiar retoma da produção

Os preços do petróleo estão a negociar em ligeira alta, após várias sessões em queda, numa altura em que a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) chegou a acordo para adiar um aumento de produção de crude por dois meses, que estava planeada para começar em outubro.

O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, soma 0,29%, para os 69,40 dólares por barril, após ontem ter terminado no valor mais baixo desde dezembro. Já o Brent, de referência para o continente europeu, avança 0,30% para 72,92 dólares, recuperando de mínimos de junho de 2023.

Contudo, os ganhos abrandaram face ao ímpeto verificado após a decisão de adiar o aumento de produção de petróleo pela OPEP+, que acontece num cenário geopolítico e económico que não está a ser favorável para os preços do crude nas últimas sessões. A vitalidade da economia norte-americana e da chinesa está a ser posta em causa, o que pode diminuir os níveis de procura nos dois países por esta matéria-prima.

O acordo para restaurar a produção de crude na Líbia está também cada vez mais eminente, com a possibilidade de mais de meio milhão de barris voltarem ao mercado – o que corresponde a metade das suas exportações de petróleo.

"A redução gradual voluntária dos cortes previstos criaria um excedente de cerca de um milhão de barris por dia em 2025, enquanto a sua manutenção deixaria apenas um pequeno  défice", de acordo com um relatório do HSBC, acedido pela Bloomberg.

Juros da Zona Euro aliviam. "Spread" entre dívida francesa e alemã diminui

Os juros das dívidas soberanas aliviaram na Zona Euro, com a França a registar o maior recuo, depois de o presidente do país, Emmanuel Macron, ter nomeado Michel Barnier como primeiro-ministro, após semanas de negociação.

A rendibilidade da dívida francesa recuou 2,6 pontos base para 2,905%, enquanto as "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram 1,7 pontos, para 2,204%. O "spread" entre as duas dívidas cai agora para 71 pontos base, depois de ter atingido máximos de 2012 em reação à decisão de Macron de convocar eleições antecipadas em junho.

Já os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, recuaram 1,5 pontos base, para 2,796%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento cedeu 1,9 pontos, para 3,016%. Por sua vez, a rendibilidade da dívida italiana registou um decréscimo de 1,4 pontos base para 3,637%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuaram 2,2 pontos base para 3,911%.

Europa maioritariamente em baixa apesar de dados positivos na Alemanha
Europa maioritariamente em baixa apesar de dados positivos na Alemanha

As bolsas europeias encerraram maioritariamente no vermelho, com Espanha e Itália a serem as únicas praças entre os principais índices da região a contrariarem a tendência. Os investidores estiveram a digerir uma série de dados económicos durante esta sessão, provenientes tanto da Europa como do outro lado do Atlântico.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, encerrou a cair 0,54% para 512,05 pontos – a quarta queda consecutiva, depois de ter atingido máximos históricos no fecho da sessão de sexta-feira. A liderar as perdas do índice europeu esteve o setor da saúde, que caiu 1,52%. As ações tecnológicas, que na quarta-feira registaram a maior queda em quase um mês, continuaram a perder, caindo desta vez 1,10%.

Já pela positiva, os setores das "utilities" (água, luz e gás) e o do imobiliário – ambos sensíveis a uma diminuição das taxas de juro – travaram maiores quedas do Stoxx 600, ao avançarem 1,67% e 1,25%, respetivamente. Os novos dados económicos dos EUA deram sinais mistos em relação ao mercado laboral do país, o que parece estar a criar maiores expectativas em relação ao próximo movimento do banco central norte-americano.

Esta quinta-feira, os investidores também estiveram a reagir à divulgação dos dados referentes às encomendas industriais na Alemanha, que cresceram 2,9% em julho em relação ao mês anterior - quando a previsão dos analistas contactados pela Reuters apontava para uma queda de 1,5% . Apesar dos dados positivos para a economia alemã, o índice de referência do país encerrou a sessão a desvalorizar 0,08%.

Entre os restantes principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 recuou 0,92%, o britânico FTSE 100 desceu 0,34% e, em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,57%. Em contraciclo, o italiano FTSE MIB ganhou 0,01% e o espanhol IBEX 35 registou o maior avanço, ao valorizar 0,53%.

 

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