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Europa pinta-se de vermelho sob pressão das tecnológicas. Telefónica afunda quase 10%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta terça-feira.

Mercados financeiros com investidores atentos à evolução económica global
Mercados financeiros com investidores atentos à evolução económica global Michael Probst / AP
10:20
10h19

Europa pinta-se de vermelho sob pressão das tecnológicas. Telefónica afunda quase 10%

As principais praças europeias estão a negociar com perdas avultadas esta terça-feira, com todos os índices da região a cair mais de 1%, num dia marcado por um "sell-off" global à medida que crescem as preocupações em torno da sustentabilidade do "rally" no setor tecnológico. Os investidores estão a aproveitar os mais recentes recordes nas praças mundiais para procederem com a tomada de mais-valias, indicando ainda algum nervosismo em torno de uma possível sobrevalorização das ações ligadas à inteligência artificial. 

"É claramente uma tomada de mais-valias que está a ocorrer neste momento. Não há nenhum catalisador real que justifique esta queda", explica Karen Georges, gestora de fundos da Ecofi Investissements, à Bloomberg. "O fluxo de notícias está bastante escasso neste momento, por isso faz sentido que o mercado faça uma pausa", completa. 

A esta hora, o Stoxx 600 recua 1,39% para 564,32 pontos, afastando-se dos máximos que atingiu no mês passado nos 577,68 pontos. O setor tecnológico apresenta um dos piores desempenhos esta manhã, pressionado pelos resultados da norte-americana Palantir, que, apesar de terem até ficado acima das expectativas dos analistas, levantaram preocupações em torno de uma sobreavaliação das ações. 

Entre as principais movimentações de mercado, a Telefónica afunda 9,79% para 3,87 euros, depois de a operadora de telecomunicações espanhola ter anunciado que vai cortar em metade o dividendo a ser distribuído pelos acionistas. A decisão faz parte de uma estratégia do CEO da empresa, Marc Murtra, para dar gás ao crescimento. 

Já a Hugo Boss cai 0,82% para 37,58 euros, depois de a empresa ter apresentado resultados ao mercado. As vendas totais do grupo caíram 4% para 989 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, mas o que está realmente a preocupar os investidores são as previsões para o resto do ano, que devem ficar no limite inferior do "guidance", devido à "à elevada volatilidade macroeconómica e a significativos ventos cambiais contrários”. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perde 1,73%, o espanhol IBEX 35 cede 1,35%, o italiano FTSEMIB desvaloriza 1,35%, o português PSI cai 1,31%, o francês CAC-40 desliza 1,66%, o britânico FTSE 100 perde 1,01% e o neerlandês AEX cede 1,47%

09h30

Juros aliviam na Zona Euro em dia de perdas nas bolsas

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta terça-feira, num dia em que os investidores estão mais avessos ao risco e procuram refúgio nas obrigações. As atenções viram-se agora para o discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), à procura de pistas sobre o que a autoridade monetária poderá fazer em dezembro. 

A esta hora, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a Zona Euro, recuam 1 ponto base para 2,654%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade desce 0,7 pontos para 3,436%. Por Itália, os juros da dívida soberana a dez anos seguem em queda de 0,6 pontos para 3,402%.

Pela Península Ibérica, a tendência de alívios continua, com os juros da dívida portuguesa a dez anos a deslizarem 0,6 pontos base para 3,007% e os da espanhola a caírem 0,7 pontos para 3,160%.

Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas também a dez anos cede 2,1 pontos base para 4,413%, num dia em que os investidores vão estar atentos ao discurso da ministra das Finanças do país, Rachel Reeves, sobre o orçamento para o próximo ano fiscal. 

08h37

Indecisão da Fed dá força ao dólar. Euro recupera após atingir mínimos de três meses

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O euro voltou a atingir mínimos de três meses face ao dólar esta terça-feira, numa altura em que os investidores diminuem as expectativas em torno de um possível novo corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Já a libra atingiu o valor mais baixo em cinco meses face à "nota verde", enquanto o iene está a conseguir recuperar de mínimos de oito meses. 

A esta hora, a moeda comum europeia consegue avançar uns ligeiros 0,07% para 1,1527 dólares, tendo chegado a cair para 1,1498 dólares. Já a libra cai 0,21% para 1,3113 dólares, enquanto a divisa norte-americana recua 0,53% para 153,41 ienes. 

As movimentações mais substanciais na moeda nipónica acontecem depois de a ministra japonesa das Finanças, Satsuki Katayama, ter afirmado que o Governo vai continuar a monitorizar os movimentos cambiais com grande urgência. Isto acontece depois de o banco central do país ter decidido manter as taxas de juro inalteradas na última reunião, arrastando o iene para mínimos de oito meses, apesar de ter enviado ao mercado o sinal mais forte até agora de que um aperto monetário pode vir já em dezembro. 

Por sua vez, o dólar australiano cede 0,44%, apesar de o Banco da Austrália ter decidido manter a sua taxa de referência inalterada nos 3,60%. A autoridade monetária avisou que a trajetória de alívio da sua política está agora mais complexa e que a inflação subjacente - que exclui os preços com maior volatilidade - em níveis elevados é um grande obstáculo. 

08h36

Ouro tropeça e volta a negociar abaixo dos 4 mil dólares

ouro

O ouro está a negociar, novamente, abaixo da marca dos 4 mil dólares por onça, numa altura em que o dólar se mostra mais resiliente e negoceia em máximos de três meses e os investidores reduzem as expectativas em torno de um novo corte nas taxas de juro em dezembro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. 

A esta hora, o metal precioso cede 0,23% para 3.992,10 dólares por onça, tendo já caído mais de 8% desde que atingiu máximos históricos no mês passado. A 20 de outubro, o ouro chegou a tocar nos 4.382 dólares, mas desde aí tem negociado com grande volatilidade, pressionado ainda pelo recuo das tensões comerciais entre EUA e China. 

Na semana passada, as duas maiores economias do mundo chegaram a uma nova trégua comercial, com duração de um ano, em que Washington decidiu reduzir as tarifas a produtos chineses, enquanto Pequim se comprometeu a comprar soja norte-americana, a retomar a exportação de terras raras e - ainda - a combater o que Donald Trump diz ser o tráfego de fentanil. 

Com as tensões comerciais a passar para segundo plano, os investidores antecipam agora qual poderá ser a próxima jogada da Fed. O mercado de "swaps" só vê uma probabilidade de 65% do banco central avançar com um novo corte, depois de Jerome Powell ter dito que um alívio em dezembro não é garantido, mas por agora está tudo dependente de uma série de novos dados económicos - que podem nem sequer ser divulgados, devido ao "shutdowm" do governo federal. 

08h35

Decisão da OPEP+ retira ânimo aos investidores e atira petróleo para o vermelho

Petróleo.

O barril de petróleo continua a desvalorizar no mercado internacional, apesar de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) até ter decido parar com os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026. Os investidores continuam preocupados com o excedente de crude que se antecipa para o próximo ano - e a decisão da OPEP+, uma das entidades mais otimistas em relação só veio reforçar esta narrativa. 

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – desvaloriza 0,52% para os 60,74 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a recuar 0,51% para os 64,58 dólares por barril.

"O mercado pode estar a ver esta decisão como o primeiro sinal de reconhecimento de uma potencial situação de excesso de oferta por parte da OPEP+, que até agora se manteve muito otimista em relação às tendências da procura e à capacidade do mercado de absorver os barris adicionais", explica Suvro Sarkar, líder da equipa do setor energético do DBS Bank, à Reuters. 

A OPEP+ tem vindo a reforçar a produção de petróleo desde abril deste ano, numa tentativa de recuperar parte da quota de mercado perdida nos últimos anos. No entanto, desde outubro a organização tem vindo a diminuir a magnitude destes aumentos de produção, à medida que os receios de um excedente no mercado têm vindo a crescer. 

Em sentido contrário, os CEO das grandes petrolíferas europeias mostram-se bastante otimistas em relação à procura de crude no próximo ano. Numa conferência em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, os diretores de empresas como a TotalEnergy e a BP sinalizaram até um possível excesso de procura em 2026, em claro contraste com as previsões da Agência Internacional de Energia. 

07h48

Tecnológicas interrompem "rally" e atiram bolsas mundiais para o vermelho

As principais praças asiáticas encerraram a sessão desta terça-feira no vermelho, recuando de máximos históricos, numa altura em que os investidores aproveitam os mais recentes recordes para procederam à tomada de mais-valias - principalmente numa altura em que algumas cotadas do setor tecnológico, o grande motor do "rally" no mercado acionista, dão sinais de estarem sobreavaliadas. 

É o caso da Palantir, que, apesar de ter registado um terceiro trimestre recorde e ter recentemente tocado em máximos históricos, vê hoje as suas ações caíram mais de 4% no "pre-market". O sentimento alastrou-se para o setor tecnológico e arrastou mesmo os futuros do Nasdaq para o vermelho, com quedas superiores a 1%. Pela Europa, a tendência é idêntica, com o Euro Stoxx 50 a cair 0,9% no pré-mercado. 

A reação do mercado destaca "o quão exageradas são as expectativas no setor da inteligência artificial (IA)", começa por explicar Charu Chanana, estratega de investimentos da Saxo Markets, à Bloomberg. "Uma queda após a publicação [de resultados] diz mais sobre as expectativas elevadas [dos investidores] do que sobre os fundamentos [da empresa]", acrescenta. "As pessoas estão a ficar cautelosas em relação a essas transações circulares em torno da IA, com a Nvidia no centro de tudo", completa Tony Sycamore, analista da IG, à Reuters. 

Pela China, o Hang Seng, de Hong Kong, encerrou a sessão com perdas caiu 0,7%, enquanto o Shanghai Composite deslizou 0,5%. Já no Japão, o Nikkei 225 até abriu a negociação no verde, tocando num máximo histórico, mas rapidamente foi arrastado para o vermelho com o pessimismo em torno das tecnológicas a pesar sobre o índice, que fechou a cair 1,74%. 

A japonesa Nintendo terminou a negociação a deslizar 0,77%, apesar de até ter revisto em alta as previsões para as vendas da Switch 2 - a segunda geração de uma das consolas de videojogos mais populares do mundo - no atual ano fiscal, que termina em março de 2026. Ao todo, a tecnológica espera vender 19 milhões de unidades, um valor bastante acima das expectativas anteriores de 15 milhões. 

Já pela Coreia do Sul, o Kospi caiu 2,3%, corrigindo quase na totalidade dos ganhos do dia anterior, quando acelerou 2,8% e atingiu novos máximos históricos. Por sua vez, o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,91%, também recuando de valores recorde, depois de o banco central do país ter decidido manter as taxas de juro inalteradas. 

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