Zelensky poderá falar no Parlamento português. EUA e aliados vão proibir novos investimentos na Rússia
Acompanhe ao minuto os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e o impacto nos mercados.
- Presidente ucraniano vai dirigir-se ao Conselho de Segurança das Nações Unidas
- Futuros da Europa apontam para abertura cautelosa
- Ouro estabiliza. Investidores avaliam possíveis movimentos da Fed e sanções à Rússia
- Euro a recuperar de mínimos de três semanas. Dólar a ceder
- Juros das dívidas soberana com subidas expressivas na Zona Euro
- Petróleo a valorizar perante cenário de mais sanções à Rússia
- Bolsas europeias no verde. Energia lidera ganhos entre os setores
- PSI regressa a máximos de 2015. EDP Renováveis lidera ganhos
- UE prepara-se para adotar novo pacote de sanções contra a Rússia
- Pequim renova apelo para conversações para acabar com guerra
- Edil de Kiev diz que euros recebidos da Rússia estão manchados de sangue ucraniano
- Gás natural recua mais de 2% na Europa
- Itália expulsa 30 diplomatas russos; Rússia promete resposta adequada
- Bruxelas planeia proposta para banir importações de carvão russo
- Von der Leyen e Borrell vão reunir-se esta semana com Zelensky em Kiev
- EUA travam pagamentos de dívida russa para pressionar Moscovo
- Wall Street a oscilar com desenvolvimentos da guerra na Ucrânia a pesar
- Airbnb cancela toda as reservas na Rússia e Bielorússia
- Ouro e euro cedem face à força do dólar. Rublo próximo dos níveis pré-guerra
- Petróleo inverte para a baixa com receios em torno da covid
- Zelensky compara Rússia a Estado Islâmico em discurso ao Conselho de Segurança da ONU
- Dívida de Portugal com juro acima de 1,5% pela primeira vez em três anos
- Filhas de Putin na mira de novas sanções da UE
- Europa fecha mista. PSI é o que mais brilha no fim da sessão
- Gomes Cravinho assina expulsão de dez funcionários da embaixada russa
- Zelensky compara situação no país com o bombardeamento de Guernica
- Estados Unidos e aliados vão proibir novos investimentos na Rússia
- Zelensky vai ser convidado a falar no Parlamento português
Volodymyr Zelenskiy vai discursar perante os membros do Conselho de Segurança da ONU esta terça-feira, onde o tema dos ataques em Bucha, na Ucrânia, estará em destaque. A sessão desta terça-feira deste grupo de potências estará dedicada à discussão se as imagens que chegam de Bucha são efetivamente provas de crimes de guerra.
As imagens avançadas pela imprensa internacional permitiram ver corpos de civis de mãos atadas e com ferimentos que apresentavam indícios de tiros feitos a uma distância reduzida. As imagens que vieram a público também mostraram a destruição na cidade, a alguns quilómetros de distância de Kiev, a capital da Ucrânia.
"Gostaria que sublinhar que estamos interessados na investigação mais completa, transparente e que os resultados sejam conhecidos e explicados a toda a comunidade internacional", disse o Presidente ucraniano, num vídeo partilhado na noite desta segunda-feira.

Os futuros das bolsas europeias estão a apontar para um arranque cauteloso, com os investidores a avaliar os desenvolvimentos ligados à guerra na Ucrânia e a possibilidade de mais sanções à Rússia, como uma forma de condenação pelas atrocidades em Bucha. Ao longo desta segunda-feira, o Kremlin negou por várias vezes as acusações de crimes de guerra.
Assim, os futuros do Stoxx 50 estão a recuar 0,155% neste ponto da manhã.
A possibilidade de mais sanções à Rússia está também a fazer mexer o preço do petróleo, que regista já uma subida acima de 1,5%, tanto no caso do WTI como do Brent. O barril deste último, por exemplo, já está a ultrapassar os 109 dólares.
Na Ásia, a sessão decorreu de forma mista. Enquanto no Japão o Nikkei avançou 0,19%, o Topix recuou 0,23%. Xangai continua encerrada devido ao feriado e na Coreia do Sul o Kospi avançou 0,1%.

O ouro está a negociar de forma estável, a ceder uns meros 0,03% nesta altura da sessão. Assim, a onça está a cotar nos 1.932,22 dólares. Na sessão anterior o ouro registou ganhos de 0,37%.
Esta terça-feira os investidores estão sobretudo atentos já a possíveis movimentações da Fed, já que são esperados discursos de membros da Reserva Federal, que poderão dar algumas pistas sobre os próximos movimentos da instituição liderada por Jerome Powell.
Além disso, os investidores estão também a pesar o tema das sanções à Rússia, que poderão aumentar como uma forma de condenar o país liderado por Vladimir Putin pelas atrocidades registadas em Bucha, na Ucrânia.
Enquanto o ouro está estável, a prata regista ganhos mais expressivos. Neste ponto da sessão está a valorizar 0,72% para 24,71 dólares por onça, enquanto a platina está a apreciar uns meros 0,03% para 989,77 dólares por onça.

O euro está a apreciar ligeiramente perante o dólar norte-americano, a valorizar 0,12% para 1,0985 dólares. A moeda única recupera assim da queda de 0,64% da sessão anterior, quando chegou a aproximar-se de mínimos de três semanas, ao tocar nos 1,0972 dólares.
A continuar assim, esta divisa poderá interromper a série de três sessões consecutivas de desvalorização, iniciada na passada quinta-feira, quando recuou 0,82%.
Ainda nas divisas europeias, também a libra esterlina está em alta face ao dólar, a somar 0,14% para 1,3134 dólares.
O dólar norte-americano está a ceder 0,1% perante um cabaz de divisas rivais. A "nota verde" estava a valorizar há já três sessões, com ganhos expressivos. Esta segunda-feira, avançou 0,37% face às divisas rivais.

Os juros das dívidas soberanas estão a subir de forma expressiva esta manhã.
Os juros das bunds alemãs estão a avançar 4,9 pontos base para uma taxa de 0,549%.
Por sua vez, em Itália regista-se a maior subida nos juros da dívida com maturidade a dez anos, com um avanço de 7,3 pontos base para 2,139%. Os juros de Itália estão a aproximar-se assim do pico registado a 30 de março, quando regressou a valores da primavera de 2020.
A Península Ibérica não escapa a esta tendência de subida e os juros de Portugal e Espanha estão a subir 6,1 e 6,3 pontos base, respetivamente. Assim, a taxa de Portugal fica nos 1,405% e a de Espanha nos 1,51%.

O petróleo está a valorizar esta manhã, numa altura em que se perspetiva a possibilidade de um aumento das sanções aplicadas à Rússia, como uma forma de condenar as atrocidades reveladas na cidade de Bucha, na Ucrânia.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a avançar 0,77% para 104,08 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, a referência para o mercado português, está a somar 0,8%, com o barril a negociar nos 108,39 dólares.
O petróleo tem registado ganhos expressivos desde o início desta guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro. Nos primeiros dias de conflito o "ouro negro" chegou mesmo a valores que já não eram vistos desde 2008.
Os receios de escassez têm contribuído para esta escalada do petróleo. O Goldman Sachs, por exemplo, aponta que o mercado poderá entrar num défice de 1,5 milhões de barris em breve.
Até este ponto do ano, o WTI regista ganhos acima de 39% e o Brent do Mar do Norte de 40%.

As bolsas europeias estão a avançar esta manhã, à exceção das desvalorização de 0,11% e de 0,02% de Paris e Londres.
O Stoxx 600 está a registar ganhos de 0,32% para 463,68 pontos, animado pelos ganhos do setor da energia. O oil & gas está a avançar 0,98%, seguido pelos ganhos de 0,89% das utilities.
Já setores como os recursos básicos estão no vermelho, a desvalorizar 0,8%. A banca e o setor industrial estão na linha de água, a ceder 0,04% e 0,06%, respetivamente.
O PSI está a registar nesta altura a maior subida entre as bolsas europeias, a apreciar 1,07%, à boleia da subida acima de 3% do peso-pesado EDP Renováveis. Em Madrid, o IBEX soma 0,65%, o alemão DAX valoriza 0,41% e a bolsa de Amesterão aprecia 0,39%. Milão avança 0,24%.

O índice de referência nacional está a valorizar 1,24% para 6.075,2 pontos, em valores de maio de 2015.
O PSI continua a liderar os ganhos entre as bolsas europeias. Das 15 cotadas, 10 estão a valorizar e cinco a desvalorizar. A subida das cotadas ligadas à energia está em destaque no PSI, acompanhando também os ganhos do setor na Europa.
A EDP Renováveis está a liderar do lado dos ganhos, a valorizar 3,76% para 24,56 euros, já a rondar valores de novembro de 2021. A EDPR anunciou esta manhã, antes da abertura do mercado, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MVAs no Alqueva, no leilão de solar flutuante em Portugal que decorreu esta segunda-feira. A EDP Está a valorizar 2,04% para 4,5 euros.
Nota também para a Greenvolt, que valoriza 2,78% para 7,76 euros.
No retalho, que estava a liderar os ganhos no arranque de negociação, a Jerónimo Martins está a valorizar 1,59% para 21,72 euros, depois de o CaixaBank BPI apontar esta segunda-feira que a Jerónimo Martins tenha registado um "bom trimestre". A Sonae avança 1,48% para 1,03 euros por açao.
Também a Galp está em destaque, a somar 1% para 11,65 euros por ação, numa altura em que o petróleo continua a avançar.
O BCP está do lado das quedas, a ceder 0,23% para 0,17 euros, enquanto os CTT lideram as perdas, com uma desvalorização de 0,34% (4,42 euros).
A União Europeia (UE) vai provavelmente adotar, na quarta-feira, uma nova ronda de sanções contra a Rússia depois de relatos dando conta da morte de civis no norte da Ucrânia pelas forças militares russas, afirmou o ministro francês para os Assuntos Europeus, Clement Beaune.
"As novas sanções vão provalvemente ser adotadas amanhã", disse, esta terça-feira, à rádio RFI, em declarações reproduzidas pela BBC, acrescentando que o bloco deve também agir de forma célere no que toca às importações de gás e carvão da Rússia.
A Rússia nega as acusações relativas ao assassínio de civis, incluindo em Bucha. O embaixador russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, diz que Moscovo vai apresentar esta terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU "provas empíricas" que mostram que as suas forças não estiveram envolvidas em atrocidades.
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, falou, esta terça-feira, com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, com a China a apelar novamente a conversações que ponham termo à guerra.
A conversa será a primeira entre os dois diplomatas desde 1 de março, altura em que Dmytro Kuleba pediu a Pequim para usar os seus laços com Moscovo para travar a invasão russa, de acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.
"As guerras eventualmente acabam. A chave é como refletir sobre a dor, manter uma segurança duradoura na Europa e estabelecer um mecanismo eficaz e sustentável" a esse nível, afirmou Wang Yi.
"A China continua pronta para desempenhar um papel construtivo a esse respeito a partir de uma posição objetiva", reforçou, citado ainda pela diplomacia ucraniana.
Num 'tweet', Dmytro Kuleba afirmou estar "grato" a Wang Yi pela "solidaridade para com as vítimas civis". Segundo a agência Reuters, a conversa telefónica foi feita a pedido de Kiev.
O presidente da Câmara Municipal de Kiev, Vitali Klitschko, apelou aos políticos europeus para cortarem todos os laços comerciais com Moscovo, afirmando que os pagamentos à Rússia estão cobertos de "sangue" e ajudam a financiar o seu exército.
"Cada euro, cada cêntimo que recebem ou pagam à Rússia tem sangue. É dinheiro sangrento e o sangue desse dinheiro é ucraniano. É o sangue do povo ucraniano", afirmou Vitali Klitschko, vestido com roupas militares, num vídeo transmitido numa conferência de presidentes da câmara em Genebra.
"A guerra é preto ou branco. Estão pela paz e apoiam a Ucrânia ou apoiam o agressor, a Rússia?", reforçou na mensagem, reproduzida pela agência Reuters.
Vitali Klitschko abordou o que qualificou como "genocídio dos ucranianos" na sequência de uma visita, esta semana, a cidades satélite da capital, como Bucha.
A Rússia nega todas as acusações relacionadas com o assasínio de civis e diz que vai apresentar "provas empíricas" no encontro, esta terça-feira, no Conselho de Segurança da ONU mostrando que as suas forças não estão envolvidas nas atrocidades relatadas.
Vitali Klitschko diz que a vida na capital ucraniana estava a melhorar e que algumas pessoas estavam a regressar, mas descreveu como "crítica" a situação no leste do país, indicando que, até ao momento, morreram 5.000 civis na cidade sitiada de Mariupol, segundo o relato do seu homólogo.
O presidente da Câmara Municipal de Kiev voltou também a apelar para o fornecimento de mais armas defensivas à Ucrânia, afirmando que seria do interesse da Europa fazê-lo. "Esta guerra toca a todos nos países europeus. Onde acabam as ambições da Rússia?", questionou.

O gás natural está a aliviar mais de 2% no mercado europeu esta manhã. O "benchmark" em Amesterdão tem estado a oscilar entre perdas e ganhos com a possibilidade de novas sanções à Rússia.
O gás natural está a aliviar nesta altura 2,34% para 106,9 euros por MWh.
Este valor está significativamente abaixo do pico de 227 euros por MWh registado a 7 de março, na segunda semana da invasão à Ucrânia.
A Itália expulsou 30 diplomatas russos do país citando preocupações de segurança e Moscovo já fez saber que pretende retaliar.
A medida foi anunciada, esta terça-feira, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio, e surge em linha com passos idênticos adotados por outros governos em resposta à invasão da Ucrânia levada a cabo por parte das forças militares da Rússia.
O chefe da diplomacia italiana convocou, esta terça-feira, o embaixador russo no país para lhe dar conta da decisão, a qual, referiu em comunicado, "está de acordo com outros parceiros europeus e atlânticos e é necessária por razões ligadas à nossa segurança nacional e no contexto da atual crise causada pela injustificada agressão contra a Ucrânia por parte da Federação Russa".
A medida suscitou já uma reação por parte de Moscovo, com a porta-voz dos Negócios Estrangeiros da Rússia Maria Zakharova a afirmar será dada uma resposta adequada, segundo a Reuters que cita a agência de notícias russa TASS.

A União Europeia estará a planear uma proposta para banir as importações de carvão com origem na Rússia. A informação é avançada pela Bloomberg, citando fontes com conhecimento do tema.
Através de um gradual abandono das importações de carvão, que terá um cariz obrigatório, diz a agência, isto seria uma resposta direta aos crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia.
Estas fontes referem que os detalhes ligados a esta proposta estão ainda a ser discutidos. É também expectável que a Comissão Europeia apresente uma proposta para impedir que a maioria dos camiões e navios russos entre no bloco dos 27.
A informação apurada refere ainda que a Comissão Europeia não estará a planear mais sanções no que diz respeito a petróleo e gás, apesar da intensa pressão internacional para afetar a economia russa.
A confirmar-se, este pacote para banir o carvão necessitará da aprovação de todos os Estados-membros do bloco europeu.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai viajar, esta semana, para Kiev para se encontrar com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Ursula von der Leyen vai-se fazer acompanhar pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na visita, anunciou o porta-voz Eric Mamer, através da rede social Twitter.
Na breve mensagem não é especificada a data concreta do encontro, indicando-se apenas que vai ter lugar abres de um evento em Varsóvia, na Polónia, marcado para sábado.

Os EUA decidiram esta segunda-feira impedir Moscovo de aceder a cerca de 600 milhões de dólares em reservas detidas em bancos norte-americanos, mesmo que seja para pagar juros da dívida soberana. A medida é mais uma forma de aumentar a pressão financeira sobe o Kremlin, restringindo ainda mais o acesso ao dólar norte-americano, através das reservas detidas nos Estados Unidos.
Até ao momento, as sanções impostas por Washington contra a Rússia, apesar de congelarem o acesso do Kremlin às reservas guardadas em bancos norte-americanos, ainda permitiam que Moscovo recorresse a estes fundos para pagar cupões relativos a obrigações denominadas em dólares.
Agora o Departamento do Tesouro decidiu terminar com esta excepção, o que põe em causa o cumprimento de Moscovo no que toca aos cupões de dívida soberana, entre os quais 552,4 milhões de dólares, de acordo com os dados da Reuters.

Wall Street arrancou a sessão desta terça-feira com desvalorizações ligeiras no caso do Dow Jones e do S&P 500. O industrial Dow Jones está na "linha de água", a ceder 0,07% para 34.898,11 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,33% para 14.485,02 pontos. Já o S&P 500 cede 0,03% para 4.581,03 pontos. Os investidores continuam de olhos postos nos desenvolvimentos ligados à guerra na Ucrânia e também às informações que avançavam que a União Europeia estará a considerar banir o carvão russo, adicionando mais pressão à Rússia. Além da Ucrânia e da Rússia, os investidores norte-americanos estão já a aguardar por novidades vindas da Reserva Federal dos EUA, já que esta quarta-feira serão divulgadas as atas da reunião da Fed.
O Twitter está a valorizar 6,43% para 53,15 dólares, depois de a rede social anunciar que Elon Musk vai entrar para o conselho de administração. De acordo com a informação enviada à SEC, que regula os mercados nos EUA, "enquanto Musk estiver no conselho de administração e nos 90 dias após [a sua saída] não irá deter, seja soznho ou como membro de um grupo, ter mais de 14,9% das ações ordinárias da empresa que circulam neste momento no mercado (...)".
As ações do Twitter estão a valorizar pelo segundo dia "à boleia" de Elon Musk. Na sessão anterior, os títulos da rede social valorizaram 27,13% para 49,97 dólares depois do anúncio de que Musk comprou uma posição de 9,2% na companhia.
O CEO da rede social, Parag Agrawal, partilhou uma mensagem no Twitter em que dá as boas-vindas a Musk ao conselho de administração, onde indicou que "através de conversas com Elon [Musk] nas últimas semanas tornou-se claro que vai trazer um grande valor ao conselho".

A Airbnb anunciou, na noite de segunda-feira, ter cancelado todas as reservas para alojamento na Rússia e na Bielorússia.
O cancelamento de todas as reservas a partir de 4 de abril surge depois de, no início de março, o CEO, Brian Chesky, ter anunciado que a plataforma ia suspender as operações em ambos os países.
A empresa tinha sinalizado anteriormente a sua incapacidade para processar transações ligada a determinadas instituições financeiras na Rússia e na Bielorússia devido a sanções impostas pelo Ocidente depois de Moscovo ter avançado com a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro.

O ouro está a ser negociado na linha de água, um dia antes de serem divulgadas as atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) e numa altura em que o Ocidente pondera aplicar mais sanções contra a Rússia na sequência do massacre de Bucha.
O metal amarelo está a cair 0,02% para 1.932 dólares a onça. Prata e paládio seguem em tendência positiva, enquanto a platina está em queda. Desde o início do ano, o ouro já valorizou mais de 5%, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg, alimentado pela incerteza dos investidores perante o cenário de inflação que acelerou com a guerra na Ucrânia.
Ainda assim, o desempenho do ouro está a ser limitado pelas expectativas do mercado relativamente à subida das taxas de juro.
"A firmeza do dólar norte-americano e a subida das taxas de juro parecem estar a impedir neste momento aumentos do preço do ouro", observa o Commerzbank numa nota de "research" publicada esta terça-feira e citada pela Bloomberg.
No mercado cambial, o dólar continua em franca ascensão estando a somar 0,21% para 99,20 pontos, ultrapassando a barreira psicológica dos 99 pontos no índice da Bloomberg, que compara várias das principais divisas internacionais. Na Zona Euro, a moeda única europeia cede 0,29% perante a força da "nota verde" para 1,0940 dólares, continuando abaixo da linha psicológica dos 1,10 dólares.
Na Rússia, o rublo continua próximo dos níveis pré-guerra, com cada dólar a valer 83,50 rublos, num dia em que duas empresas europeias se mostraram dispostas a ceder a Vladimir Putin e pagar o gás russo em rublos.

Os preços do "ouro negro" estavam a negociar em alta, devido à expectativa de mais sanções contra a Rússia (e consequente perturbação na oferta), mas inverteram agora para terreno negativo, à conta dos crescentes receios de que o aumento de casos de coronavírus penalize a procura.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 0,52% para 106,97 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 0,76% para 102,49 dólares por barril.
As autoridades chinesas alargaram o lockdown em Xangai para abrangerem os 26 milhões de pessoas que vivem naquele centro financeiro, apesar do crescente descontentamento perante as regras da quarentena na cidade.
Nos EUA, o Johns Hopkins Coronavirus Resource Center referiu que o número de mortes decorrentes da covid atingiu um máximo histórico de 14.562 na segunda-feira.

O presidente ucraniano Volodymr Zelensky discursou esta terça-feira pela primeira primeira vez, desde o início da invasão russa à Ucrânia, diante do Conselho de Segurança da ONU, do qual a Rússia é um dos cinco membros permanentes, tendo comparado o Kremlin ao Estado Islâmico e acusado os soldados russos de matarem e torturarem pessoas "apenas por prazer".
"Os cidadãos foram baleados nas ruas e em casa, atiradas para poços e esmagadas por tanques no meio da estrada apenas para deleitar o prazer dos soldados russos", defendeu Zelensky.
"Onde está a paz? Onde estão essas garantias que a ONU precisa de prestar?", questionou o presidente ucraniano, tendo ainda avançado que o mundo ainda não viu os crimes de guerra que estão a ser cometidos em outras regiões da Ucrânia, como os que foram cometidos em Bucha.
"A geografia pode ser diferente, mas a crueldade é a mesma, os crimes são os mesmos, e a imputação [destes crimes] é inevitável", sublinhou Zelensky. O chefe de Estado voltou ainda a acusar a Rússia de genocídio.
A perspetiva de aceleração da retirada de estímulos pela Reserva Federal norte-americana está a mexer com o mercado obrigacionista. A governadora Lael Brainard disse, esta terça-feira num discurso numa conferência online, que o banco central vai começar, já no próximo mês de maio, a diminuir os ativos que têm no balanço para tentar travar a aceleração da inflação. "É de suma importância reduzir a inflação", avisou Brainard após a taxa anual no país ter aumentado para 7,9% em fevereiro, naquela que foi a maior subida da taxa homóloga desde janeiro de 1982. Em reação ao anúncio de que a diminuição da folha de balanço vai avançar já em maio, a "yield" das Treasuries a dois anos ultrapassaram os 2,5% pela primeira vez desde março de 2019.
"É de suma importância reduzir a inflação", avisou Brainard após a taxa anual no país ter aumentado para 7,9% em fevereiro, naquela que foi a maior subida da taxa homóloga desde janeiro de 1982. Em reação ao anúncio de que a diminuição da folha de balanço vai avançar já em maio, a "yield" das Treasuries a dois anos ultrapassaram os 2,5% pela primeira vez desde março de 2019.
Deste lado do Atlântico - onde o Banco Central Europeu (BCE) está muito atrás na estratégia, mas tem deixa igualmente deixado avisos sobre a inflação -, a tendência é também de agravamento dos juros. A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos, que servem de referência ao bloco europeu, avança 11,6 pontos base para 0,616%. Em França, a subida é de 15,6 pontos para 1,155%, no Reino Unido é de 12 pontos base para 1,665%.
É, no entanto, nos países do Sul da Europa que o agravamento dos juros é mais expressivo. O juro da dívida portuguesa a 10 anos dispara 16 pontos base para 1,505%, em máximos desde fevereiro de 2019. As obrigações de Espanha com a mesma maturidade negoceiam nos 1,597% e as de Itália nos 2,248%.
Além do efeito de contágio do sentimento vindo dos EUA, a zone euro vive os primeiros dias desde que o BCE deixou de comprar dívida no âmbito do programa de emergência (o PEPP), que terminou no fim de março. Os países começam a financiar-se sem esta rede de segurança, testando assim o apetite do mercado. Também Portugal tenciona fazê-lo nos próximos dias, tendo contratado um sindicato bancário para uma venda sindicada de obrigações do Tesouro a 10 anos.

Bruxelas está a discutir um nove pacote de sanções contra a Rússia que promete ser o mais próximo de Vladimir Putin desde que começou a guerra. Segundo fontes próximas do assunto contactadas pela Bloomberg, discute-se nos bastidores do Edifício Europa a possibilidade incluir Katerina Tikhonova e Maria Vorontsova, filhas do presidente russo, na próxima lista de sanções da União Europeia (UE).
A lista inclui também dezenas de outras personalidades russas, incluindo figuras públicas, magnatas e respetivos familiares, responsáveis pela propaganda política russa e ainda mais de uma dúzia de entidades ligadas à Defesa e quatro bancos que foram excluídos do sistema internacional de pagamentos SWIFT mas que não foram completamente sancionados, incluindo o gigante bancário russo VTB.
A lista proposta ainda precisa de ser aprovada por todos os Estados-membros. Caso as sanções contra as filhas de Putin avancem, este será mais um gesto simbólico do que uma medida concreta, tendo em conta que não está claro se ambas as mulheres detêm ativos na Europa.
Grande parte da vida das duas filhas do chefe de Estado russo permanece incógnita. Ambas têm nomes de solteiras diferentes e são poucas as fotografias que circulam na imprensa russa e internacional. Em 2015, Vladimir Putin revelou apenas que as suas descendentes se formaram em universidades russas e que falam vários idiomas.
Ao que apurou a Bloomberg, Katerina Tikhonova, a filha mais velha de Putin, dirige um instituto de inteligência artificial na Universidade de Moscovo, enquanto Maria Vorontsova é co-proprietária da Nomenko, uma entidade envolvida num projeto de investimento privado na área da saúde na Rússia.
Contactado pela agência norte-americana, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, explicou que não tinha conhecimento da proposta de Bruxelas, pelo que iria aguardar que tal acontecesse até apresentar a posição oficial de Moscovo.

As bolsas europeias encerraram a sessão de forma mista, à medida que os investidores digerem a possibilidade da aplicação de mais sanções por parte de Bruxelas contra Moscovo e ainda depois de um dos governadores da Reserva Federal norte-americana (Fed) ter sublinhado a necessidade da continuação de uma política monetária "falcão".
O "benchmark" europeu Stoxx 600 terminou o dia a somar 0,19% para 463,07 pontos. Dos 20 setores que compõe o índice, as telecom lideraram os ganhos (1,18%) seguidas do "oil & gas". Os setores automóvel (-2,12%) e tecnológico (-1,69%) comandaram as perdas.
Entre as principais praças europeias, o português PSI foi o que encerrou a sessão com o ganho mais expressivo, a somar 1,67%, acompanhado do espanhol IBEX que somou 1,20% e do britânico FTSE que valorizou 0,73%.
Do lado das perdas, o destaque do fim da sessão foi para Paris. O CAC 40 terminou o dia a mergulhar 1,28%, devido à preocupação dos investidores diante da possibilidade de uma crise política, já que tudo indica que a candidata da extrema direita, Marine le Pen irá enfrentar numa segunda volta eleitoral o atual presidente e candidato Emmanuel Macron no próximo dia 24 de abril.
As sondagens continuam a dar a vitória ao atual ocupante do Palácio do Eliseu, mas a candidata nacionalista francesa está cada vez mais perto de Macron.
Frankfurt seguiu esta tendência negativa, tendo terminado a sessão a perder 0,65%, enquanto Amesterdão caiu 0,24% e Itália caiu 0,86%.
"O crescimento vai abrandar significativamente, como resultado da política da Fed", explicou Grace Peters, reponsável pelo gabinete de estratégia para a Europa do JPMorgan Chase, em entrevista à Bloomberg TV.
Um dia antes de serem divulgadas as atas da última reunião da Fed, a governadora Lael Brainard revelou esta terça-feira que o banco central vai acelerar a retirada de estímulos à economia para tentar travar a escalada da inflação.
"O Comité vai continuar a apertar a política monetária metodicamente por meio de uma série de aumentos de juros e a começar a reduzir o balanço num ritmo acelerado já a partir da nossa reunião de maio", afirmou sobre o próximo encontro do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), que está marcado para 3 e 4 de maio.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros declarou dez funcionários da embaixada russa em Portugal como "personae non gratae", por motivos ligados ao facto das suas atividades serem "contrárias à segurança nacional", segundo o comunicado divulgado esta terça-feira. Para saber mais clique aqui.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comparou hoje, num discurso por teleconferência no parlamento espanhol, a situação atual na Ucrânia com a vivida na cidade basca de Guernica em 1937, durante a Guerra Civil Espanhola.

Os Estados Unidos, em coordenação com União Europeia (UE) e G7, vão anunciar novas sanções à Rússia, como o congelamento de investimentos, reagindo aos crimes de guerra na Ucrânia, revelou um alto responsável da Administração norte-americana.
Entre as medidas a anunciar na quarta-feira contra a Rússia estão a proibição de todos os novos investimentos naquele país, sanções mais eficazes às instituições financeiras e empresas estatais e sanções a funcionários do Governo e aos seus familiares, segundo adiantou um alto funcionário da Administração Biden, citado pela AP, sob condição de anonimato.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, e os aliados dos Estados Unidos têm trabalhado conjuntamente para impor sanções económicas à Rússia por ter invadido a Ucrânia há mais de um mês, incluindo o congelamento de ativos do banco central, controlos de exportação e apreensão de propriedades, tais como iates, da elite russa.
Todavia, os pedidos de aumento das sanções intensificaram-se esta semana em retaliação aos ataques, assassínios e destruição na cidade ucraniana de Bucha.
O alto funcionário norte-americano disse que as sanções iriam aumentar o "isolamento" económico, financeiro e tecnológico da Rússia face ao resto do mundo, como condenação pelos seus ataques a civis na Ucrânia.
Esse isolamento é um aspeto fundamental na estratégia dos Estados Unidos, que se baseia na ideia de que a Rússia vai acabar a necessitar de recursos e equipamentos para continuar a combater uma guerra prolongada em território ucraniano.

Marcelo Rebelo de Sousa convidará imediatamente Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, a discursar no Parlamento português, "mal lhe chegue a luz verde da Assembleia da República, o que deverá acontecer já esta quarta-feira", apurou o Público.
Esta quarta-feira, Zelensky discursará perante o Parlamento irlandês.
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