IGCP vai emitir até 1.250 milhões em dívida a 10 e 26 anos
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) agendou um duplo leilão de dívida de longo prazo para a próxima quarta-feira, 10 de julho, com o objetivo de encaixar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.
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O instituto liderado por Cristina Casalinho pretende emitir títulos com maturidade em 15 de junho de 2029 (10 anos) e 15 de fevereiro de 2045 (26 anos).
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Na última emissão de obrigações do Tesouro a 10 anos (16 de junho) o IGCP aceitou pagar um juro de 0,639%, o que representou um novo mínimo histórico. Desde então as "yields" da dívida portuguesa acentuaram o movimento negativo no mercado secundário e a taxa dos títulos a 10 anos já atingiu um mínimo histórico abaixo dos 0,30%.
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Depois deste anúncio do IGCP, os juros de Portugal acentuaram a tendência de alta que já registavam na sessão desta sexta-feira. A "yield" dos títulos a 10 anos está a agravar-se 10 pontos base para 0,42%.
Ainda assim é por isso expetável que o Tesouro português volte a baixar os seus custos de financiamento neste duplo leilão que vai realizar na quarta-feira. No mercado secundário a taxa dos títulos a 30 anos situa-se pouco acima de 1%.
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O movimento mais recente de queda nos juros justificou-se com a escolha de Christine Lagarde para substituir Mario Draghi à frente do Banco Central Europeu, pois os investidores acreditam que a atual diretora-geral do FMI vai manter a política de estímulos monetários. O mercado aguarda por descidas nas taxas de juro de referência e mais programas de compra de ativos, o que potencialmente beneficia as obrigações portuguesas.
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No primeiro semestre o IGCP já emitiu 9,75 mil milhões de euros em dívida de longo prazo, o que corresponde a 63% do total que pretende colocar no mercado este ano em dívida com maturidades acima de um ano (15,4 mil milhões de euros).
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