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DBRS mantém rating e "outlook" de Portugal

A agência canadiana manteve a notação em A (alto), com perspetiva estável, na segunda revisão do ano ao rating do país. “A posição orçamental atual está entre as mais fortes da Zona Euro”, assinala a DBRS, mas alerta para a pressão da despesa crescente e dos cortes de impostos sobre as contas públicas.

DBRS
DBRS D.R.
18 de Julho de 2025 às 21:05

A DBRS decidiu manter esta sexta-feira o rating soberano de Portugal em A (alto), com perspetiva estável, na segunda revisão do ano à notação do país, .      

“O crescimento económico de Portugal e o equilíbrio orçamental devem ter um desempenho superior à média da Zona Euro nos próximos dois anos, apesar dos riscos associados à escalada das tensões geopolíticas e comerciais globais”, justifica a agência em comunicado.

A agência destaca que “a posição orçamental atual está entre as mais fortes da Zona Euro”, depois dos excedentes orçamentais verificados nos dois últimos anos.    

Apesar de a DBRS considerar que “o novo governo continua empenhado em gerar ligeiros excedentes no médio prazo”, o objetivo poderá ser "cada vez mais dificultado tendo em conta as pressões da despesa crescente e dos planeados cortes de impostos".  

A agência acrescenta que “as perspetivas de crescimento de médio prazo continuam favoráveis, suportadas pela robustez da procura doméstica”, com "o saudável crescimento dos rendimentos, as taxas de juro mais baixas,  e o aumento da despesa com o Plano de Recuperação e Resiliência a suportar o crescimento em 2025 e 2026”.

Contudo, alerta a DBRS, "as tensões comerciais e o aumento da incerteza limitam o crescimento e representam riscos descendentes para o outlook económico”.

A agência deixa ainda o alerta sobre o aumento das despesas militares, “que vai pesar nas finanças públicas ao longo da próxima década”.       

Ainda assim, a posição orçamental de Portugal e dinâmicas favoráveis da dívida “dão um espaço valioso para absorver estas pressões”, destacando a descida do rácio da dívida pública face ao PIB, que "está a caminho de cair abaixo dos 90% do PIB nos próximos dois anos".   

Sobre o contexto político após as recentes eleições legislativas, as "mudanças no equilíbrio de poder entre os principais partidos podem contribuir para uma maior estabilidade em comparação com a legislatura anterior", diz a DBRS, mas "não é de excluir mais turbulência durante a legislatura tendo em conta a ausência de uma maioria absoluta no parlamento".

, mas revendo a perspetiva em baixa, de “positiva” para “estável”, significando que uma nova revisão em alta não estaria para breve.  

A DBRS deu assim início à segunda ronda de avaliações do rating de Portugal. Segue-se a S&P (29 de agosto), que elevou em fevereiro o rating para A face a A-, com outlook positivo, e a Fitch (12 de setembro), que optou em março por manter a notação em A-, com perspetiva positiva.  Por último, vai pronunciar-se a Moody's (14 de novembro), .

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