Novo Banco emite 500 milhões em nova dívida. Investidores queriam três vezes mais
As obrigações têm um prazo de cinco anos, podendo ser reembolsadas antecipadamente ao fim de três anos e meio. Até esse prazo, o cupão foi fixado em 3,5%.
O Novo Banco esteve no mercado para emitir nova dívida sénior preferencial. O banco colocou 500 milhões de euros, com maturidade a 9 de março de 2029, ou seja cinco anos, e opção de reembolso antecipado quando atingir oos 3,5 anos, segundo anunciou em comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
As obrigações foram subscritas a 99,879%, com cupão fixo de 3,5% nos primeiros três anos e meio. Depois disso, o juro passa a variável, tendo por base a Euribor a três meses, acrescido de uma margem de 100 pontos base.
"O banco anunciou ao início da manhã a intenção de efetuar uma emissão de uma obrigação sénior preferencial, com o forte interesse do mercado a gerar uma procura que atingiu um montante superior a 1,6 mil milhões de euros", explica o Novo Banco. A procura ficou assim 3,2 vezes acima da oferta.
A emissão foi colocada junto de cerca de 80 investidores institucionais internacionais. Em termos geográficos, a alocação final divide-se por França (31%), Reino Unido (28%), Nórdicos (14%), Península Ibérica (9%) e Itália (5%). Destes, a maioria (74%) são gestoras de ativos, enquanto 10% são bancos centrais.
A liquidação ocorrerá a 9 de setembro de 2024. BNP Paribas, BofA Securities, Deutsche Bank, Jefferies e J.P. Morgan atuaram como Joint Bookrunners.
O rating esperado pelo banco nesta emissão é de Baa3 pela Moody's e BBB- pela Fitch, sendo em ambos os casos no primeiro nível de investimento de qualidade. Aliás, a operação acontece depois de, na sexta-feira, a agência de notação financeira Moody's ter elevado em um patamar a notação da dívida sénior não garantida do Novo Banco, colocando-a em Baa3 (face ao anterior Ba1), com um outlook positivo.
Em fevereiro, o Novo Banco esteve também no mercado para emitir 500 milhões de euros em dívida sénior, com maturidade a quatro anos. Na altura, o juro foi fixado em 4,25% nos primeiros três anos, passando depois a uma taxa variável, que será indexada à Euribor a três meses, à qual acresce uma margem de 130 pontos base.
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