Scott Bessent, atual secretário de Estado do Tesouro dos Estados Unidos, é visto por um crescente número de conselheiros dentro e fora da Administração de Donald Trump como uma possibilidade para próximo presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, segundo noticia a Bloomberg.

O Presidente Donald Trump afirmou na última sexta-feira que nomearia "muito em breve" um sucessor para substituir Jerome Powell, cujo mandato como presidente da Fed termina em maio de 2026. A curta lista de candidatos em consideração inclui Kevin Warsh, um ex-membro do conselho de governadores da Fed que Trump terá considerado para o cargo de secretário do Tesouro em novembro, de acordo com fontes da agência financeira.

Questionado especificamente sobre Warsh na sexta-feira, Trump respondeu apenas: "Ele é muito bem conceituado."

Mas Bessent — que está a liderar os esforços de Trump para impulsionar a economia dos EUA com mudanças no comércio, impostos e regulamentação — será agora também um dos candidatos ao cargo. Duas fontes, que pediram anonimato à Bloomberg, explicaram, contudo, que as entrevistas formais para o cargo ainda não começaram.

“Tenho o melhor emprego em Washington”, disse Bessent em resposta a um pedido de comentário. “O Presidente decidirá quem é o melhor para a economia e o povo americano.” A Casa Branca não respondeu ao pedido de comentário feito pela Bloomberg.

Enquanto secretário do Tesouro, Bessent tradicionalmente desempenharia um papel fundamental na escolha do próximo presidente da Fed, não sendo certo o que irá acontecer quando Trump começar a tomar a decisão.

O Presidente dos EUA, que nomeou Powell para o cargo pela primeira vez em 2017, tem sido muito crítico da política monetária do banco central. Há meses que Trump critica a Fed, e, em particular, Jerome Powell, por manter as taxas de juro demasiado elevadas para o seu gosto, por pensar que os cortes de taxas ajudariam a economia norte-americana.