Aviões e vinho: 1 empresa, 1 comissão vitivinícola e 4 empresas concorrentes
Neste contexto, no último trimestre de 2019 a TAP em parceria com a Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal reuniu no mesmo projeto quatro empresas produtoras de vinho concorrentes (Quinta Brejinho da Costa, Quinta da Bacalhôa, Adega de Palmela e Casa Ermelinda Freitas). E qual o objetivo?
Promover um movimento sinérgico de uma região de modo a aumentar de uma forma sustentável as exportações destas mesmas empresas.
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Como? Promovendo o vinho da Península de Setúbal num conjunto estruturado de ações. De salientar que todos os anos a TAP serve mais de 1 milhão de garrafas de vinho nos seus aviões.
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Este tipo de ações são fundamentais para um setor que é muito inconstante nas suas exportações. Recentemente foi publicado um artigo científico na Wine Economics and Policy sobre os ciclos de exportação de vinhos nos principais países produtores na Europa (The European wine export cycle) de Correia, L., Gouveia, S. e Martins, P. (2019). O gráfico da mesma publicação representa bem que desde a década de 60 até à década atual os ciclos de exportação de vinho são muito inconstantes.
Segundo os mesmos autores do estudo publicado na Wine Economics and Policy, a Europa é a maior região produtora e exportadora de vinho do mundo e com liberalização do comércio internacional, a indústria europeia do vinho acelerou as suas exportações. No entanto este aumento de exportações está longe de ser constante, o mesmo flutuou consideravelmente no curto prazo com características de períodos de crescimento rápido, intercalados com momentos de crescimento lento ou negativo. Neste sentido este tipo de iniciativas realizadas pela TAP são de louvar, certamente ajudarão a aumentar as nossa exportações de vinho e são ações que acrescentam valor à nossa economia muito para além do seu objeto social enquanto empresa.
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