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António José Teixeira
28 de Dezembro de 2018 às 11:28

Quase tudo cheira a falso e tóxico

Os balanços e perspectivas mostram tempos aziagos. À incerteza soma-se revolta. A política hipotecou o sonho e nem sequer sobra uma qualquer ilusão de grandes progressos. A democracia desvaloriza-se ao ritmo de um pragmatismo de fraca convicção na liberdade e no bem comum. Que não se perca o sentido crítico.

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2018. Olhando para o espelho retrovisor, 2018 não deixa saudades. Em Portugal, foi um ano quezilento envolto em casos e protestos. As finanças públicas melhoraram, o investimento também, as agências de rating tiraram o país do lixo, mas a economia desacelerou e o país não enriqueceu. Respira melhor graças à actividade exportadora e ao turismo. Criou-se a ilusão de que temos recursos para acudir às carências de todos os serviços públicos e aos múltiplos focos de injustiça na distribuição de rendimentos. É economia, mas é sobretudo política. Há um descontentamento difuso num país deslaçado e sinais abundantes de descrédito das instituições: militares e polícias inseguros, deputados sem sentido de responsabilidade, bombeiros que boicotam a Protecção Civil, magistrados que desrespeitam o Parlamento… Embaraços que alimentam populismos, por enquanto sem figuras mobilizadoras, mas que deixam lastro. A herança de 2018 aconselha prudência e exigência de rigor para escolhas claras. Importa confrontar o País consigo próprio.

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