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António José Teixeira
07 de Dezembro de 2018 às 13:00

Os de cima terão muito a perder

Há um descontentamento generalizado em boa parte do mundo ocidental, uma frustração continuada com os de cima, um descrédito dos do costume. Destruiu-se uma classe média, que assegurava alguma harmonia social e foi empurrada para as periferias. Desapossada de protecção e de representação, não contém a revolta.

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namoro. Rui Rio comparou a política a um namoro, um namoro aos eleitores em que, muitas vezes, se promete uma coisa e se faz outra. Inspirado por Sá Carneiro, o líder do PSD não ficou pela frustração do discurso amoroso. Virou-se também para o marketing comercial: "Por força daquele que é o andamento da sociedade, o líder partidário é como uma espécie de director comercial. Consegue vender o produto com sucesso e está bem; não consegue e temos que o trocar por um outro director comercial". Rio dá-se mal com este andamento. Não tem jeito para vendas e promessas. O problema é que não se percebe que jeito tem. Que pensa de distintivo? Que batalhas quer travar? Que mudanças quer fazer? De que discorda? O problema não é falar pouco nem o défice de oposição. O problema é não arriscar o suficiente. O andamento das sociedades revela um enorme descontentamento. Está por provar que não premeiem a convicção e a ousadia. E ousadia não é dizer que, no tempo de Sá Carneiro, "os líderes perdiam eleições e continuavam"… Muito menos afirmar que, "com cinco Sá Carneiros, resolvíamos isto, não eram precisos dez Salazares". É preciso um Rui Rio.

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