capitão. Lula perdeu as eleições e o Brasil também. Ganharam as redes sociais e aqueles que anseiam por vingança e autoritarismo. O Brasil era um campo fértil para colher revolta e raiva. O escrutínio dos media e a investida da justiça tinham deixado de rastos a nomenclatura. Não houve nem há inocentes. Apenas frustração. Foi neste campo destroçado que emergiu um lobo solitário, há 28 anos dentro do rebanho, mas que cultivou sempre uma imagem de outsider. O capitão Jair passou por louco, virulento, mais militarista do que parlamentar. Tornou-se piada, mas esperou a sua hora. Num Brasil ferido por tanto crime, o capitão promete cadeia para a "petralhada". As promessas de ordem e segurança calam fundo. São garantias prévias de sobrevivência. O capitão Jair provou que é possível mobilizar meio país contra outro meio. Provou que é possível ganhar cavalgando o protesto e juntando pólvora ao discurso. Como irá governar? Ninguém sabe. Diz que será com a Bíblia e a Constituição, com liberdade e democracia, mas também com mais armas. O tom mudou, mas os dias adivinham-se de confronto. Meus caros amigos, a coisa vai ficar preta.