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A imigração já é tema – e não deve ser tabu

Nenhum político deve ter medo de falar sobre o que as pessoas observam e sentem – a incapacidade de falar foi um dos pontos que levou ao crescimento do populismo na Europa. Mas quem o faz, sobretudo num partido do centro como o PSD, tem a obrigação de calibrar a mensagem.

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Primeiro. Em quase todos os países da Europa Ocidental com partidos de direita radical o guião foi o mesmo e teve três passos: 1) o “centro” ergueu um cordão sanitário e declarou a nova força populista insalubre, 2) perante o crescimento desse populismo, os partidos do centro (a começar pelo centro direita) começaram a incorporar no seu discurso aspetos do programa populista, sobretudo a imigração; 3) em momentos de polarização forte ao centro, e de incapacidade para formar governo sem apoio da direita radical, um dos partidos (tipicamente da direita, mas nem sempre) trouxe os populistas para o arco da governação. Foi assim, por exemplo, na Áustria e na Holanda, mas não só: a direita radical entrou desde meados dos anos 90 em quase 20 soluções governativas. Há mais sobre isto mais à frente neste texto.

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