Começamos pelo lado menos interessante – embora relevante para o bolso do leitor no curto prazo – da reunião de ontem do BCE? O banco central não surpreendeu no corte das taxas de juro de referência – já antecipadas no mercado, no qual a Euribor a 12 meses está abaixo de 2,5% –nem surpreendeu ao deixar a porta aberta para mais cortes. A expectativa no mercado (que prevê taxas abaixo de 1,75% no próximo verão) é de que o BCE seja forçado a cortar mais e a um ritmo maior do que diz agora. Em Portugal, quem paga ao banco suspira de alívio –ainda que a descida dos juros esteja associada a riscos crescentes, imediatos ou de longo prazo.