Todas as crises financeiras tendem a ser iguais (na sua génese), embora com particularidades (na sua evolução e sobretudo resolução) idiossincráticas. Desde o final dos anos 90 do século passado, registaram-se várias crises, sendo as mais conhecidas: a crise dos bancos de poupança nos EUA ou dos bancos japoneses nos anos 1989-1992. Em 2008, recordamo-nos da crise dos empréstimos sub-prime nos EUA e a crise das dívidas soberanas na União Europeia em 2011-12. Atualmente, o setor financeiro volta a ocupar as primeiras páginas dos jornais com corridas a bancos nos EUA e com bancos resgatados na 25ª hora pelas autoridades monetárias na Europa. Esta agitação ocorre depois de fortes quedas de valorizações bolsistas, do afundamento do mercado de criptoativos e perturbação em mercados tradicionalmente seguros, como o mercado de obrigações de dívida pública no Reino Unido.