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Cristina Casalinho - Economista
16 de Maio de 2025 às 09:15

Depressa e bem não há quem

O mundo económico e financeiro carateriza-se na atualidade por maior volatilidade ou variabilidade, a qual tende a favorecer ganhos oportunísticos.

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Os primeiros cem dias da Administração Trump trouxeram muitas decisões, com destaque para o anúncio de imposição de tarifas alfandegárias extraordinárias no início de abril. Mais recentemente, após a divulgação de um adiamento de 90 dias de adoção da nova tabela e encetada uma fase de negociações bilaterais, foram divulgados acordos entre os EUA e alguns países, com destaque para a China. Com efeito, os níveis originais de taxas impostas de 145% (pelos EUA) e 125% (pela China) baixaram para 30% e 10%, respetivamente. Como ficou evidente pelas projeções realizadas por várias entidades, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), as implicações económicas do aumento das tarifas eram sobretudo negativas para os EUA. Vale a pena recordar que o pico das importações da China pelos EUA teve o seu apogeu em 2018. Declinando estruturalmente ao longo dos últimos anos, as importações americanas da China apresentam atualmente os valores mínimos desde 2013 e 2009, em termos nominais e reais, respetivamente. Esta tendência deverá manter-se, podendo significar menos desequilíbrio externo dos EUA e da China, originando menor dependência do consumo privado como catalisador do crescimento nos EUA e maior força da procura interna na China como motor económico, suportando padrões mais harmoniosos de desenvolvimento económico.

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