A decisão em tempo real não significa que seja no tempo certo, nem no canal mais importante. Decidir sobre quais os momentos, os canais, os contextos e as crenças dos consumidores e qual o papel no processo de decisão é complexo.
Posts, artigos, comentários, reclamações, questionários, relatórios, actas, tudo o que escrevemos em plataformas pode ser escrutinado, analisado e interpretado por algoritmos para retirar valor e perceber o "sentimento" de quem escreveu.
Inconscientemente não percebemos que tudo isto será substituído por algoritmos, por inteligência artificial e modelos que se encarregarão destas tarefas complicadas e pouco complexas.
Se as componentes analíticas – algoritmos, inteligência artificial, etc – podem aumentar racionalmente o nosso conhecimento e detectar novas opções, logo, diminuímos a imprevisibilidade. Mas só aparentemente.
A revolução tem data marcada: Maio de 2018. O novo regulamento geral sobre a protecção de dados da UE implicará mudanças estruturais nos sistemas de informação e nos processos de marketing das empresas privadas e da administração pública central e local.
São cerca de 2,3 mil milhões de utilizadores mundiais de redes sociais. Diferentes perfis, culturas e idades. Uma audiência apetecível para a publicidade.
No próximo ano vamos assistir a alterações profundas no marketing, no digital e nos sistemas analíticos. Novo regulamento da protecção de dados exigirá novas formas de negócio. A realidade virtual vai ser a coqueluche da experiência do consumidor.
Não é o conhecimento operacional dos algoritmos genéticos, de árvores de decisão, de regressões ou de redes neuronais, que é necessário. É a capacidade de perceber as possibilidades e os limites.
Perceber quais os canais que geram tráfego e os mais eficientes no ecossistema digital, tanto em termos de conversão como em notoriedade da marca, é um dos temas na agenda dos directores de marketing.
Não temos dados, ou se temos estão perdidos algures. Temos dados mas não os sabemos analisar e quando sabemos analisar não temos tempo porque não é prioritário. E quando temos tempo e prioridade para analisar não temos tecnologia nem algoritmos.
As redes sociais são parte da própria empresa. Há um sentido de comunidade com parceiros e clientes que resulta em muitas vezes em ambientes de co-criação de produto e serviços. A estratégia está bem definida para cada um dos canais e para o todo.