A guerra das vacinas
Sem ter assegurado a propriedade industrial das vacinas, a UE ficou nas mãos das conveniências políticas e industriais dos três produtores. As suspeitas de que há desvios para o Reino Unido, Estados Unidos ou Israel avolumam-se com os sucessivos incumprimentos dos prazos acordados.
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1. A esperança era elevada. Se tudo corresse conforme o previsto, até ao final do Verão a Europa teria, pelo menos, 70% dos seus cidadãos vacinados. Três laboratórios em produção massiva e mais dois em pré-produção, fora russos e chineses, dispositivo de abastecimento comunitário montado, aparelhos de distribuição nacionais em estado de prontidão. A operação, inédita na história da saúde pública, parecia ter reunido todas as condições para ser bem-sucedida. Por esta altura, deveríamos estar já em presença de uma logística de tipo militar – planificada, disciplinada e eficiente. Era não contar com os três génios do mal, que invariavelmente saem da garrafa em tempos de crise. O dos interesses particulares, o da geopolítica e o da desorganização.
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