Foi há menos de um ano (30 novembro de 2022) que o Mundo acordou com uma nova ferramenta tecnológica disponível nos nossos telefones e computadores pessoais. O ChatGPT parecia magia. De repente, passámos a ter um assistente pessoal que, numa fração de segundo, nos respondia a qualquer dúvida de cultura geral, nos preparava uma receita para o jantar ou nos escrevia um poema para enviar a alguém especial. Da fase de deslumbramento, passámos ao confronto com a realidade: apesar de a inteligência artificial generativa ser verdadeiramente um “game-changer”, que significará a abertura de uma nova era para a humanidade, há um caminho a trilhar para que a aplicação destas soluções possa cumprir um duplo objetivo. Por um lado, temos a obrigação moral de potenciar os enormes benefícios que a inteligência artificial nos proporciona, seja na área da ciência, da saúde, da sustentabilidade ambiental, do crescimento económico ou da justiça social. Mas, por outro lado, temos de proteger as pessoas e as organizações de eventuais riscos e ameaças que possam advir destas ferramentas.