Sem sinais de força
Tens que largar a mão
P’ra eu sair de pé"
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Tiago Bettencourt
Não têm sido dias fáceis para a bolsa portuguesa. Depois da recuperação entre meados de agosto e meados de setembro, o mercado acionista português tem perdido força e regressado às quedas. Eu mantenho toda a minha cautela em relação à bolsa portuguesa, enquanto ela não der qualquer sinal de força relevante.
É verdade que, na semana passada, os principais índices mundiais também registaram quedas fortes, sendo provável que a praça nacional tenha sofrido por contágio. Mas não podemos ignorar que esse mimetismo tem sido muito mais vincado nas quedas do que nas subidas, o que não abona nada a favor da bolsa portuguesa.
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Tenho frisado a importância da zona de resistência (antigo suporte) entre os 5.000 e os 5.060 pontos e o último mês tem reforçado ainda mais o caráter crucial desse valor. Essa zona travou o ressalto a meio de setembro e voltou agora a servir de tecto para a tentativa de subida no final do mês passado.
Não creio que seja boa altura para se ser corajoso na bolsa portuguesa. É hora de respeitar os sinais de fraqueza que têm sido dados e ser mais defensivo na abordagem ao mercado. Claro que o PSI pode arrancar, ultrapassar a resistência entre os 5.000 e os 5.060 pontos e mostrar como os meus receios eram infundados, mas para quê correr riscos quando tão importante resistência está por perto?
Há alturas em que o momento e a força do mercado convida a que sejamos agressivos. Mas em momentos como o atual, ser defensivo é a estratégia certa. Um dia, o mercado acordará de novo, mostrará força e nós damos-lhe a mão, convictamente. Mas eu não quero estar de mão dada a um mercado que cai. É demasiado perigoso.
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Analista Dif Brokers
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