Apesar de faltar pouco mais de um ano para a eleição de milhares de autarcas em todo o país, é assunto de que não se fala. Se por um lado este aspeto é positivo porque resulta da normalidade democrática e do regular funcionamento da generalidade dos órgãos de poder local, não o fazer significa que estamos a esquecer um enorme fator de perturbação da vida partidária nos próximos meses, em especial para as duas maiores forças políticas. A força das estruturas locais de socialistas e sociais-democratas depende, em grande medida, da representação que conseguirem ter a nível local. E como temos escrito aqui tantas vezes, é dos pequenos poderes locais que dependem os líderes partidários. Especialmente quando estão na oposição e não têm mais nada para oferecer.