Jornalismo “prompt” a ler
O aumento da procura por este “jornalismo pronto a ler” tem ramificações sociais, cognitivas e democráticas. Uma geração que confie na IA para interpretar o mundo por si acabará por vê-lo exclusivamente através dos filtros definidos pelos modelos tecnológicos e não pelos seus.
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Entre a nossa imaginação e o desenvolvimento tecnológico vertiginoso que vivemos, pouco se pode prever com certeza sobre a futura relação entre o jornalismo e a Inteligência Artificial (IA). Daqui a cinco anos, teremos ainda jornalistas, comentadores e leitores humanos, ou apenas avatares? As redações do futuro dependerão mais de “prompt engineers” do que de pivôs? E quem ditará o que é notícia: o editor, o público ou o algoritmo? Tudo dependerá da evolução da IA em si, mas também de outro fator largamente imprevisível: o padrão de consumo de informação das audiências humanas, mas cada vez mais digitais, que evolui sem que os media tradicionais consigam dar resposta ritmada. Sendo verdade que a tecnologia remedeia algumas fragilidades do jornalismo, também exacerba outras.
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