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Ex-presidente da Parpública defende nacionalização que evitou encerramento da Efacec

Jaime Andrez considera que a saída do mercado da Efacec poria em causa muitas outras empresas, incluindo grandes clientes.

Ex-presidente da Parpública defende nacionalização que evitou encerramento da Efacec
Ex-presidente da Parpública defende nacionalização que evitou encerramento da Efacec Miguel Baltazar / Jornal de Negócios
12:09

O antigo presidente da Parpública Jaime Andrez defendeu esta quarta-feira a nacionalização da Efacec, em 2020, entendendo que se esta não tivesse ocorrido, as condições em que a empresa funcionava "implicariam seguramente" o seu encerramento.

"Se não houvesse nacionalização, as condições em que a empresa estava a funcionar em 2020 implicariam seguramente o encerramento", disse Jaime Andrez na comissão de Economia e Coesão Territorial.

Segundo o antigo presidente da Parpública, a privatização ocorreu num contexto da pandemia da covid-19, mas também por limitações no financiamento junto dos bancos, que exigiam a "saída ou substituição" de uma acionista.

A Efacec foi nacionalizada na sequência do processo 'Luanda Leaks', que levou à saída de Isabel dos Santos do capital da empresa.

"Caso não houvesse a sua saída e isso não ocorresse dentro de um tempo útil, a empresa não teria quaisquer condições de funcionamento", sublinhou, acrescentando que uma alternativa "teria de ser tão rápida quanto a nacionalização".

Jaime Andrez destacou ainda a escolha da Mutares como compradora da Efacec, sublinhando que está cotada na bolsa de Frankfurt e, por isso, está sujeita a um maior escrutínio.

Jaime Andrez registou que considerar a Efacec como uma empresa estratégia "está associada à leitura que o governo fez para a nacionalização" mas, na sua opinião, "pertence a um 'cluster' em que é uma empresa relevante".

"A sua saída do mercado poria em causa muitas outras empresas, centenas de fornecedores, essencialmente, e também grandes clientes, porque seria um problema a substituição dos equipamentos montados ou fornecidos pela Efacec", sublinhou, acrescentando que seria "uma perturbação enorme no mercado".

O grupo ficou cerca de três anos com maioria de capital público, num processo que foi muito criticado e que envolveu injeções de capital na Efacec pelo Estado.

A audição do antigo presidente da Parpública contou com dois momentos de interrupção: primeiro cerca de dois minutos devido a problemas técnicos com os microfones do presidente da comissão e do grupo do Partido Socialista, e, mais tarde, 18 minutos devido à discussão de figuras regimentais como a defesa da honra e a respetiva resposta.

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