O Elevador da Glória e a gestão de crises no turismo: “casa roubada, trancas à porta”
O turismo vive da promessa de segurança, acolhimento e previsibilidade. Quando essa promessa falha, a resposta tem de ser rápida, transparente e transformadora. O caso do Elevador da Glória não é, também por isto, só um acidente por falha humana técnica: é um teste à maturidade da cidade de Lisboa e ao destino na gestão da confiança.
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Em 2019, o World Travel & Tourism Council (WTTC) publicou um estudo com um trabalho de campo intenso sobre a preparação, gestão e recuperação de crises no turismo. Apesar de ter sido desenvolvido antes da pandemia, mantém-se de referência e surpreendentemente atual. Porque, no essencial, as raízes dos nossos medos mudam pouco: instabilidade sociopolítica, terrorismo, desastres naturais ou falhas humanas. Se alguma coisa se alterou, foi a intensidade com que passámos a olhar para a saúde pública como risco central, depois do choque da Covid-19. Mas a lógica permanece: as notícias sobre insegurança e a perceção de segurança são o fator decisivo na escolha de um destino.
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