Parar é um privilégio que o meu cérebro acha que não pode ter
Desde cedo, somos ensinados a valorizar a ação constante. As longas horas de trabalho são vistas como um sinal de compromisso, enquanto o descanso é frequentemente associado a preguiça ou desperdício de tempo.
- Partilhar artigo
- ...
Vim de férias e, ao fim do primeiro dia, já estava a pensar: “Aqui é que trabalhava bem.” Como se parar fosse um privilégio que não posso dar-me ao luxo de ter. O mundo está em crise, o país está em crise, e eu aqui, de férias? Esta sou eu sempre que tento desligar do trabalho, trago sempre qualquer coisa para fazer (daquelas coisas que arrastamos até não dar mais). O que é estranho, porque sei que parar é essencial. Então, porque sentimos culpa quando tentamos descansar?
Mais lidas