Ao longo das últimas décadas, a União Europeia foi relegada de ator tecnológico global para consumidor passivo de tecnologias desenvolvidas noutros locais. Atualmente, 80% das tecnologias e serviços de que a Europa necessita para a sua transformação digital são concebidos e fabricados fora das suas fronteiras, sobretudo nos Estados Unidos e na China. Esta mentalidade de consumidor é tão profunda que até moldou a filosofia subjacente às nossas leis: o objetivo de regulamentos tecnológicos recentes, como a Lei dos Serviços Digitais e a Lei dos Mercados Digitais, era proteger os europeus enquanto consumidores, mantendo-nos seguros online e garantindo uma concorrência leal.