A Caixa da política
Ou os governantes, quaisquer que sejam, olham para a CGD como um banco que deve servir o país e não os seus desígnios estratégicos; ou, declarando-se incapazes de assegurar esta separação de poderes, optam pela sua privatização.
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Em julho de 2017, Diogo Cavaleiro, à data jornalista do Negócios, publicou o livro "Caixa Negra", no qual passou em revista os últimos 17 anos do banco público. "A Caixa não era só um banco, era um grupo. Acabava por ter influência em imensas questões. Tinha muitas ramificações", referia o jornalista na altura, apontando os casos das participações do banco público na Nos, na PT, no BCP e na Cimpor como exemplos de uma certa promiscuidade entre uma lógica de gestão e uma agenda política. À data, numa das muitas entrevistas que concedeu, Diogo Cavaleiro constatava ainda que o Banco de Portugal, enquanto regulador, tinha tido uma ação mais reativa do que ativa na fiscalização do sistema financeiro.
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