Google, uma multa bizarra numa guerra que não é injusta
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"A decisão da Comissão também pode ser o ponto de partida para denúncias de empresas da Internet que se sintam prejudicadas pelas práticas da Google. E não nos podemos esquecer das reclamações potenciais por danos e prejuízos ocasionados, os quais poderão encontrar amparo na directiva de danos por ilícitos anti-trust recentemente aprovada", escreve Pedro Callol, advogado especializado em Direito da Concorrência.
O Financial Times, no seu editorial (não assinado) classifica como "bizarro" o fundamento de Bruxelas para multar a multinacional norte-americana. O motivo, recorde-se, foi o de práticas anti-concorrenciais no segmento de comparações de preços". A empresa ainda tem disputas em aberto com as autoridades europeias relativas ao seu negócio publicitário, o AdSense, e o sistema operativo Android.
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"A Google perdeu uma batalha que provavelmente merecia vencer. Isto não significa que mereça a vitória nas batalhas que se avizinham ou que a guerra é injusta", escreve o editorialista do jornal inglês.
A abordagem da União Europeia é também distinta da adoptada pelos Estados Unidos, até porque as tecnológicas deste país têm uma posição dominadora à escala mundial.
A Europa tem sido mais agressiva na acção contra monopólios do que os EUA", afirma Nicolas Petit, professor de Direito da Concorrência e Economia da Universidade de Liége na Bélgica, citado pelo New York Times. Esta é uma longa procissão que ainda agora vai no adro. n
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