A corrida pela “supremacia quântica”
Os processadores do futuro trabalham com qubits e são muito velozes. São uma espécie de Santo Graal da tecnologia e por causa deles até foi criado recentemente o World Quantum Day. Para já, estes supercomputadores são quase futurismo. “Poderemos dizer que estamos na era pré-transístor”, diz o investigador Rui Maranhão, que lidera a criação de um laboratório de computação quântica na FEUP.
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Foi em outubro de 2019 que a Google reclamou para si a "supremacia quântica". O seu laboratório de Santa Barbara, nos Estados Unidos, tinha desenvolvido um processador quântico - o Sycamore - capaz de resolver em 200 segundos uma equação que um computador tradicional demoraria 10 mil anos. O feito foi questionado por companhias como a IBM. A tecnológica centenária alegava que a rival estaria a subestimar o seu supercomputador Summit, que poderia fazer o cálculo em dois dias e meio. Não perdeu tempo e, em setembro do ano passado, apresentou o 65-qubit IBM Quantum (o Sycamore tem 53 qubits ou bits quânticos), agendando para 2023 o lançamento de um processador com mil qubits... São muitos os pontos de interrogação sobre a nova geração de supercomputadores, mas as incertezas não afastam da corrida as Big Techs. Todas querem estar no pódio da computação do futuro e liderar este mundo ainda estranho dos qubits.
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