Filipa Reis: “Somos muito mais ricos culturalmente do que éramos”
“Há uma incapacidade de vermos que os portugueses já não têm as mesmas características que tinham há 50 anos – e ainda bem, porque somos muito mais ricos culturalmente do que éramos antes”, diz Filipa Reis, que realizou o filme “Djon África” em conjunto com João Miller Guerra. O primeiro filme de ficção da dupla estreou ontem e conta a história de um português negro que vai pela primeira vez à terra da família, Cabo Verde.
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Quando se conhece Filipa Reis tem-se a sensação de que é uma pessoa que sempre soube o que quer, mas, na verdade, ela começou por estudar gestão e chegar ao cinema muito mais tarde. Trabalhou em televisão, num período em que parecia haver muito por fazer, e criar a sua produtora foi uma maneira de poder continuar ligada a esse mundo. Acredita que a felicidade ainda pode vir de se fazer aquilo que se gosta. É a crença de que o trabalho é inseparável do resto da vida que faz com que seja possível trabalhar com a pessoa com quem tem uma família, o João Miller Guerra. Filipa Reis, com João Miller Guerra, começou há vários anos a filmar jovens dos arredores de Lisboa, de um desses "guetos" que higienizam a vida portuguesa. "Djon África", o primeiro filme de ficção da dupla, estreou ontem e conta a história de um português negro que vai pela primeira vez à terra da família, Cabo Verde. É uma espécie de odisseia de um personagem que nunca poderá sentir que chegou a casa.
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