Francisco Seixas da Costa: “O eleitorado já não se importa de ouvir mentiras”
“Hoje, as pessoas estão disponíveis para aceitar a mentira ou a verdade relativizada, e isso pode ser uma prova de um certo descrédito dos políticos, mas também de uma certa aceitação”, diz o embaixador Francisco Seixas da Costa, que lançou em novembro o livro “Antes que Me Esqueça - A Diplomacia e a Vida”.
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Francisco Seixas da Costa armazena histórias de bastidores e algumas inconfidências de uma longa vida diplomática. Memórias contadas com humor no livro "Antes que Me Esqueça - A Diplomacia e a Vida", que reúne textos publicados no seu blogue Duas ou Três Coisas. O embaixador mantém uma rotina diária de relatos do passado e do presente. Disse, por exemplo, que António Costa não se pode furtar a ter de encarar a Presidência da República como o seu futuro. Diz nesta entrevista que o grande teste do PS é saber como vai sair da dependência de Costa e se o novo líder irá conseguir ou não juntar o partido. Receia uma deriva autoritária em Portugal, teme uma geringonça de direita e considera que "os partidos moderados devem também fazer um ato de contrição". Francisco Seixas da Costa, 75 anos, foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus em dois governos e embaixador na ONU, OSCE, Brasil, França e UNESCO. Hoje exerce funções de consultoria estratégica, é gestor de empresas e docente universitário.
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