Hugo Chávez: Entre Deus e o Diabo
Na hora do seu desaparecimento, é impossível não ver Chávez como o símbolo de um tipo de populismo que ciclicamente eclode na América Latina entre ditaduras militares e democracias corruptas. Foi isso que aconteceu com Getúlio Vargas no Brasil, com Péron na Argentina ou com o Partido Revolucionário Institucional mexicano.
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Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios Ponte y Blanco, conhecido como Simón Bolívar, foi o grande líder dos movimentos pela independência da América Latina. Deixou um legado, que tem sido sempre uma bússola para muitos dos líderes da região. Nascido em Caracas, liderou a luta para a independência da Venezuela, da Colômbia (que incluía o Panamá na época), do Equador, do Peru e da Bolívia. Ser o seu herdeiro sempre foi o sonho de todos os líderes latino-americanos que quiseram mudar o destino dos seus países. Também para Hugo Chávez, agora desaparecido, Bolívar foi a estrela no céu, o condor que sobrevoava todos os Andes. Um guia e um símbolo. Gostaria de ter sido o herdeiro de Fidel Castro, mas o destino não lhe permitiu esse outro sonho. Mas ninguém duvida que o nome de Hugo Chávez perdurará na Venezuela e em toda a América Latina. O seu poder assentou em muitas coisas: um carisma único, um tecido social favorável a uma voz que dizia defender os mais pobres e uma das maiores reservas e petróleo do mundo. Com isso soube dar uma nova identidade à nação venezuelana.
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