João Fiadeiro: “Há o perigo de nos limitarmos a repetir o que conhecemos”
João Fiadeiro foi um dos fundadores da Nova Dança Portuguesa, o movimento que revolucionou as artes performativas em Portugal. Com Romain Bigé, é curador da exposição sobre Steve Paxton que está na Culturgest, em Lisboa, até julho.
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É um dos grandes nomes da Nova Dança Portuguesa, movimento que mudou a dança em Portugal. No verão de 1988, viu pela primeira vez Steve Paxton a dançar. Trouxe para Portugal o Contacto Improvisação, técnica desenvolvida por Paxton nos anos 1970 que influenciou artistas em todo o mundo. Com Romain Bigé, é curador da exposição sobre Paxton que está na Culturgest, em Lisboa, até julho. Desenvolveu o seu próprio método, Composição em Tempo Real, e fundou a RE.AL, estrutura que marcou a dança contemporânea durante mais de duas décadas. Quando a RE.AL perdeu os apoios estatais em 2015, descobriu-se resiliente. Como artista, sabia lidar com as falésias que parecem interromper o tempo. Na falésia, está a possibilidade de sermos outros e, ainda assim, nós mesmos. Reinventou-se como "freelancer". Continua a fazer as suas criações, que lhe servem para estudar o mais importante: o presente.
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