Mulheres que saíram do Irão atrás de um sonho
Os protestos no Irão estão prestes a entrar na sexta semana consecutiva. A onda de contestação foi desencadeada pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, depois de ter sido presa em setembro pela “polícia dos costumes”, em Teerão, alegadamente por não ter a totalidade do cabelo tapada pelo hijab. O Negócios ouviu histórias de três mulheres, que saíram do Irão porque tinham um sonho que não podiam realizar no seu país.
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Os protestos no Irão estão prestes a entrar na sexta semana consecutiva. À frente das manifestações, que têm levado milhares de pessoas às ruas, estão as mulheres. Esta onda de contestação contra o governo da República Islâmica do Irão foi desencadeada pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, depois de ter sido presa em setembro pela "polícia dos costumes", em Teerão, alegadamente por não ter a totalidade do cabelo tapada pelo hijab. A morte da jovem encheu de raiva as iranianas, que começaram a sair à rua, muitas delas sem o véu. Atrás vieram os homens, que também reclamam mais liberdade e oportunidades de vida. O protesto chegou às universidades e às infraestruturas de energia do país. Esta afronta ao regime tem sido reprimida com cargas policiais violentas, que, segundo a organização não governamental Iran Human Rights, já mataram mais de 200 pessoas. A diáspora iraniana também tem organizado manifestações um pouco por todo o mundo, em que a frase "Mulheres, Vida, Liberdade" se tornou o "slogan" deste movimento de contestação. Ao mesmo tempo, celebridades cortam o cabelo com uma tesoura, um símbolo de apoio às mulheres iranianas. O Negócios ouviu histórias de três mulheres, de diferentes gerações, que saíram do Irão porque tinham um sonho que não podiam realizar no seu país. O cenário é negro, dizem, mas, com o apoio da comunidade internacional, há agora um raio de esperança de que alguma coisa mude para melhor.
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