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O lado B das entregas (ultra) rápidas

Receber compras em casa em poucos minutos é prático e conveniente. Mas a popularidade dos serviços de entregas tem efeitos colaterais no emprego, no ambiente e na forma como comemos e habitamos as cidades

Piroschka Van De Wouw/Reuters
15 de Julho de 2022 às 14:45
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Dois anos de pandemia e sucessivos confinamentos fizeram das entregas de compras e mercearias em casa um hábito. Está quase tudo à distância de um clique numa das muitas aplicações disponíveis. As "apps" de entregas ultrarrápidas têm crescido em todo o mundo. Desde a Gorillas, que anunciou a vinda para Portugal, à Getir - no mercado lisboeta desde o outono de 2021 - até à portuguesa Bairro Shop, todas se comprometem a fazer chegar a casa do cliente vários tipos de bens em menos de meia hora. A popularidade destas plataformas traduz uma mudança nos hábitos de consumo, cujos impactos se fazem sentir em diferentes níveis: do trabalho à forma como comemos, passando pela organização do espaço público e privado.

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