O petróleo do século XXI
No futuro, as guerras serão travadas pelo acesso ao "ouro azul". Quem detiver a posse da água, deterá o poder. É um bem finito que escasseia nas mãos do homem. Cada vez mais escassa, é cada vez mais valiosa. É o novo petróleo. Desperta cobiça e pode ser um foco de conflitos. Se, por um lado, constitui um direito humano básico, por outro, está cada vez mais mercantilizada. Será a "commodity" mais relevante. Fala-se crescentemente da "privatização" da água ou da sua distribuição. Está na agenda política de países vários, incluindo Portugal.
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Ninguém vive sem água. Esse químico misterioso que se transforma em líquido, sólido ou gasoso. Como se conseguisse adaptar-se a todas as situações. Mas hoje, apesar de os oceanos de água salgada ocuparem grande parte da superfície terrestre, a água potável é cada vez mais escassa. As alterações climáticas estão a exacerbar essa escassez. E muitos países começam a senti-la. Bem escasso, tornou-se um valor económico. Político e social. Encarada durante muito tempo como um bem público, da comunidade, a que todos devem ter acesso, a água está a tornar-se um valor que desperta cobiça e pode ser um foco de conflitos. O escritor norte-americano Mark Twain escreveu que "o whisky é para se beber; a água é para se lutar por", antecipando precisamente aquilo para que vários especialistas vêm alertando: no futuro, as guerras serão travadas pelo acesso ao "ouro azul" - a água.
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