O que é que o Mude tem
Cita o arquitecto Souto de Moura e diz que os museus substituíram as catedrais medievais como locais de reabilitação e animação cultural, basta pensar no fenómeno Guggenheim.
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O Mude abriu imperfeito. E assim continuará.Bárbara Coutinho é a directora do Mude - Museu do Design e da Moda. Em três anos, feitos a 23 de Maio, este museu municipal, já alcunhado de "coqueluche da capital", chegou aos 650 mil visitantes, uma boa fatia deles estrangeiros. Param, olham para os "post-it", de cores várias, colados na fachada do edifício da Baixa Pombalina. Pedem-se "Ideias para Lisboa". Lá dentro, paredes de cimento à vista, um grande balcão em mármore, marca de um interior assinado por Cristino da Silva nos anos 50. Este espaço de sete pisos era, então, a casa do Banco Nacional Ultramarino. Anos passaram. Hoje é um espaço que alberga um museu em construção, um "work in progress", um espaço vivo para ser vivido. Na base deste conceito de museu mutante estiveram, em parte, as contingências. Falta de dinheiro. E assim continua a ser. Até ao final do ano, a meta é findar o projecto de arquitectura. Depois, logo se verá. "Vou fazer o possível para que o Mude não feche as portas, e isso implica que as obras sejam feitas de forma faseada", diz Bárbara Coutinho, oradora do último "Women Leader's Fórum", na AESE.
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