pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Poderosos: Os novos grandes jogos globais

O fim do mundo bipolarizado (Estados Unidos e União Soviética) abriu espaço a uma pulverização de novos poderes, mas todos eles têm calcanhares de Aquiles, sejam os Estados Unidos, a União Europeia liderada pela Alemanha, a Rússia ou a China. Em tudo isto e, para já, a economia ganha estrategicamente à política.

04 de Setembro de 2015 às 11:18
  • Partilhar artigo
  • ...

Para Maquiavel, o príncipe deveria ser, ao mesmo tempo, capaz de reconhecer as armadilhas e assustar os lobos. Ao mesmo tempo, via o triste fim, na fogueira, de Savonarola, que simbolizava a impossibilidade de o fundamentalismo religioso ser compatível com uma sociedade política e comercial que queira ser viável. E tornava claro a fronteira da desconfiança entre a ética e a ciência da governação, algo que definiria a hegemonia das sociedades ocidentais nos séculos seguintes. Os Medici, na altura, rejeitaram "O Príncipe", com as consequências que se conhecem. Mas, tantos anos depois, num mundo multipolar em termos políticos, económicos e militares, esses princípios continuam a ser válidos. Que o digam Barack Obama, Xi Jinping, Vladimir Putin ou Angela Merkel, por onde passam as grandes linhas de decisão global dos nossos tempos. Numa era em que, depois da queda do Muro de Berlim, se julgou assistir ao "fim da história", como supunha Fukuyama, mas onde não se assistiu à hegemonia da democracia de mercado ocidental.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio