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Retratos de um regresso a casa

As estatísticas revelam a inversão da tendência: em 2017, e pela primeira vez desde 2011, Portugal teve um saldo migratório positivo. Entre os que chegam, 40% nasceram em Portugal e muitos são emigrantes que saíram nos anos de crise. Manuela, Inês, Flor e João estão entre os 350 mil que se estima já terem regressado. A “geração mais qualificada de sempre” volta motivada por mais emprego, sol e saudades — as anunciadas medidas de incentivo fiscal dizem-lhe pouco.

09 de Fevereiro de 2019 às 11:00
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As aspas ajudam a atenuar o sentido das palavras "emigrante" ou "regresso". Por trás de cada retorno a Portugal, há uma história de vida, uma experiência subjetiva de emigração e um conjunto irrepetível de circunstâncias que, a dado momento, determinou uma escolha: partir, ficar ou voltar. Mas, para "a geração mais qualificada de sempre" - jovens adultos que saíram de Portugal nos anos da crise, com a agenda marcada ao ritmo dos voos "low cost" e do tempo das redes sociais -, nem sempre é fácil situar cada uma das decisões. Porque quem mantém um pé cá e outro lá, talvez não chegue a ser bem um "emigrante"; se é para voltar em menos de um ano, não se chega a fazer a despedida; e, quando se pondera voltar a sair, não faz sentido assumir um "regresso". Ou será que faz?

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