Tempos de medo e dúvidas
O desafio do terrorismo começa a ser uma espada de Dâmocles suspensa em cima da cabeça da Europa. E esta parece incapaz de reagir em comum.
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Federica Mogherini, comissária para a política externa europeia, estava num país árabe, a Jordânia, quando soube dos atentados de Bruxelas. Não resistiu à emoção. Mais tarde, disse: "Sinto que as minhas lágrimas eclipsaram o conteúdo da mensagem." Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, extravasou a comoção para as palavras e culpou os 28 pela sua passividade face à ameaça visível: "O problema está aqui há anos. Se os Estados-membros tivessem aplicado os planos que aprovámos (depois do atentado de Paris, em Novembro), não estaríamos como estamos no dia de hoje." O que estava para ser implementado (reforço de fronteiras exteriores da Europa, aprovação pelo Parlamento do registo de passageiros aéreos da UE e impossibilidade de avançar com a directiva sobre controlo de armas devido aos entraves dos "lobbies") continua a marinar calmamente nos corredores de Bruxelas, a cidade que sofreu no corpo e na alma a amoralidade terrorista.
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