O alemão Thomas Herzog é uma referência quando se fala de "arquitectura verde". Com 40 anos de profissão, dividido entre o seu gabinete em Munique e a universidade, Herzog não só acredita que o arquitecto pode ser uma peça activa da sociedade no combate às alterações climáticas, como também mantém uma visão algo poética da disciplina. Admite que se olhe para a arquitectura como "a arte do espaço", mas refuta, sem hesitações, as correntes que vêm privilegiando a espectacularidade das formas, em detrimento da funcionalidade para quem as ocupa. Thomas Herzog diz, com pena, que hoje em dia se tolera em demasia a moda na arquitectura. No final de Novembro, o alemão andou a conhecer o que de melhor se faz na região Norte de Portugal, antes de participar numa conferência sobre cidades inteligentes em Cascais. Foi aí que nos deu esta entrevista, na qual revisita Frank Lloyd Writh, Séneca e a actual política de desenvolvimento urbano da China, país onde dá aulas.