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Afonso Cruz, um aborrecimento de profecias e metáforas

O novo livro do escritor sobre um amor dividido pelo Muro de Berlim é preguiçoso, insonso e inofensivo. Próprio de um autor que escreve em série

Paulo Sousa Coelho
16 de Janeiro de 2022 às 13:00
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O primeiro sinal aparece logo na primeira página, quando o narrador almoça em Berlim com Christian Uhl. "O meu apelido significa coruja", diz-lhe ele. A coruja é uma ave observadora, de cabeça ágil, conveniente para contar uma história sobre uma cidade dividida em dois. Segundo sinal logo a seguir, este sobre o tom sombrio da história que vamos ler: "O céu estava cinzento e pesado e chovia a espaços. Era outono". Algumas páginas mais à frente, vamos ver Afonso Cruz a usar a mesma analogia. "O peso dos anos da guerra fizera deles folhas de outono, secas e friáveis." Resumindo: está sol, vai correr bem; está de chuva, há problemas.

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