Governo adia compromissos sobre o salário mínimo

O Governo não abriu o jogo sobre o que pretende fazer com o salário mínimo nacional. Grupo de trabalho volta a reunir-se na próxima semana e o debate deverá estender-se pelo menos até ao final do mês.
Bruno Simão/Negócios
Catarina Almeida Pereira 09 de Setembro de 2014 às 20:05

Apesar da crescente pressão dos sindicatos, o Governo saiu esta terça-feira da reunião de concertação social sem querer assumir qualquer compromisso concreto sobre a actualização do salário mínimo nacional.

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À saída do encontro, convocada para discutir outras matérias, mas muito marcado pelas constantes reivindicações dos sindicatos, o ministro Pedro Mota Soares (na foto) anunciou apenas que a questão vai voltar a ser discutida numa reunião de um grupo de trabalho marcada para a próxima quarta-feira, dia 17.

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A UGT referiu que o Governo se mostrou disponível para aumentar o salário mínimo nacional ainda este ano, informação que não foi confirmada nem desmentida pelo ministro Pedro Mota Soares.

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"Eu tenho um princípio: à mesa da negociação falo com os parceiros sociais, não falo através da comunicação social. Esse diálogo com os parceiros sociais continua a ser feito. Temos na próxima semana nova reunião com os parceiros sociais", justificou o ministro, salientando que nem todos os parceiros sociais entregaram ao Governo os contributos solicitados.

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Os sindicatos mostraram impaciência com o ritmo de diálogo do Governo. Para a CGTP, o Governo "está a protelar" uma discussão que já se arrasta desde Janeiro de 2011. Para a UGT, trata-se de "empurrar a questão com a barriga".

 

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De acordo com Carlos Silva, da UGT, depois da reunião do grupo de trabalho marcada para a próxima semana, ainda haverá uma reunião de concertação social no dia 30 de Setembro, informação que o Governo não confirmou.

 

Se assim for, o debate prosseguirá pelo menos até ao final do mês.

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Todos os cenários que constavam de um estudo do Governo, em Maio, apontavam para uma subida para 500 euros.

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