Julgamento do caso submarinos está suspenso até à próxima segunda-feira
Desta forma, as sessões previstas para hoje à tarde, terça-feira e quarta-feira ficaram sem efeito tanto mais que todos os arguidos presentes manifestaram a intenção de só prestar declarações depois do tribunal receber a cópia do novo contrato das contrapartidas celebrado recentemente.
A juíza presidente já solicitou ao Ministério da Economia uma cópia do novo contrato e que, segundo o advogado Godinho de Matos, que defende os três arguidos alemães da Ferrostal, implica vários projectos a cargo desta empresa numa unidade hoteleira situada no Algarve.
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Caso o documento não seja incluído nos autos até à próxima segunda-feira e para não se adiar por mais tempo o julgamento, os juízes já designaram as primeiras testemunhas, entre os quais está Miguel Horta e Costa, da ESCOM.
No final da sessão da manhã, a magistrada explicou que o colectivo de juízes pediu exclusividade para este processo, mas que não foi concedido pelo Conselho Superior da Magistratura, pelo que os três juízes terão de assegurar cumulativamente outros casos que tenham natureza urgente.
Três administradores da empresa multinacional MAN Ferrostal (que pertence ao consórcio alemão GSC) e sete empresários portugueses são os arguidos deste julgamento, que sofreu vários adiamentos desde o início de 2012, motivado por alterações no colectivo de juízes.
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Horst Weretecki, que era vice-presidente da multinacional Man Ferrostaal, Antje Malinowski, sua subalterna, e Winfried Hotten, anterior responsável da empresa, são os arguidos alemães.
José Pedro Sá Ramalho, Filipe Mesquita Soares Moutinho, António Parreira Holterman Roquete, Rui Moura Santos, Fernando Jorge da Costa Gonçalves, António Lavrador Alves Jacinto e José Mendes Medeiros são os empresários portugueses ligados à ACECIA, um grupo de empresas de componentes para a indústria automóvel.
O Estado português contratualizou com o consórcio alemão GSC a compra de dois submarinos em 2004, quando Durão Barroso era primeiro-ministro e Paulo Portas era ministro da Defesa Nacional.
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