Ministro da Economia só admite aumento do salário mínimo em Janeiro

Pires de Lima defendeu esta segunda-feira que o salário mínimo nacional só deve aumentar em Janeiro. Os sindicatos têm defendido um aumento imediato do salário mínimo, que está congelado nos 485 euros brutos desde 2011.
pires de lima
Paulo Duarte
Catarina Almeida Pereira e Filomena Lança 30 de Junho de 2014 às 13:58

O Governo só deve aumentar o salário mínimo (SMN) em Janeiro do próximo ano, defendeu esta segunda-feira, 30 de Junho, o ministro da Economia. A maioria dos patrões e sindicatos admitiam que o aumento pudesse ocorrer mais cedo.

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"Quanto ao salário mínimo nacional, a partir do momento em que Portugal terminou o programa de assistência financeira, o Governo iniciou em concertação social a negociação para o aumento do SMN", começou por dizer Pires de Lima. 

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"Não estou a liderar essa negociação e limito-me a dizer que me parece objectivo que esse SMN possa ser actualizado e que o novo possa estar em vigor em Janeiro de 2015", precisou o ministro da Economia, em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da agenda para a Competitividade do Comércio, Serviços e Restauração".

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Os sindicatos têm defendido um aumento imediato do salário mínimo, que está congelado nos 485 euros brutos desde 2011. A CGTP exigiu a subida para os 515 euros em Junho, enquanto a UGT sustentou que deveria aumentar para 500 euros em Julho.

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Esta manhã, à saída de uma audiência com o primeiro-ministro, Arménio Carlos acusou o Governo de tentar prolongar no tempo a actualização do salário mínimo nacional (SMN) de forma a melhor gerir o calendário eleitoral em 2015. "O SMN não deve estar sujeito a objetivos político-partidários", defendeu, citado pela agência Lusa.

 

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A maioria das confederações patronais, que se mostraram disponíveis para debater a subida há mais de um ano, também admitiam que o aumento ocorresse ao longo deste ano. João Machado, da CAP, admitia que o aumento pudesse ocorrer a qualquer momento; António Saraiva, da CIP, falou de Outubro; João Vieira Lopes, da CCP, sustentou que Janeiro é a altura ideal, devido ao orçamento anual das empresas, em especial nos sectores de mão de obra intensiva.

 

Nos documentos que apresentou aos parceiros sociais, o ministério do Emprego apresentou vários cenários. Todos apontam para o valor de 500 euros.

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