Ministro da Economia só admite aumento do salário mínimo em Janeiro
O Governo só deve aumentar o salário mínimo (SMN) em Janeiro do próximo ano, defendeu esta segunda-feira, 30 de Junho, o ministro da Economia. A maioria dos patrões e sindicatos admitiam que o aumento pudesse ocorrer mais cedo.
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"Quanto ao salário mínimo nacional, a partir do momento em que Portugal terminou o programa de assistência financeira, o Governo iniciou em concertação social a negociação para o aumento do SMN", começou por dizer Pires de Lima.
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"Não estou a liderar essa negociação e limito-me a dizer que me parece objectivo que esse SMN possa ser actualizado e que o novo possa estar em vigor em Janeiro de 2015", precisou o ministro da Economia, em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da agenda para a Competitividade do Comércio, Serviços e Restauração".
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Os sindicatos têm defendido um aumento imediato do salário mínimo, que está congelado nos 485 euros brutos desde 2011. A CGTP exigiu a subida para os 515 euros em Junho, enquanto a UGT sustentou que deveria aumentar para 500 euros em Julho.
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Esta manhã, à saída de uma audiência com o primeiro-ministro, Arménio Carlos acusou o Governo de tentar prolongar no tempo a actualização do salário mínimo nacional (SMN) de forma a melhor gerir o calendário eleitoral em 2015. "O SMN não deve estar sujeito a objetivos político-partidários", defendeu, citado pela agência Lusa.
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A maioria das confederações patronais, que se mostraram disponíveis para debater a subida há mais de um ano, também admitiam que o aumento ocorresse ao longo deste ano. João Machado, da CAP, admitia que o aumento pudesse ocorrer a qualquer momento; António Saraiva, da CIP, falou de Outubro; João Vieira Lopes, da CCP, sustentou que Janeiro é a altura ideal, devido ao orçamento anual das empresas, em especial nos sectores de mão de obra intensiva.
Nos documentos que apresentou aos parceiros sociais, o ministério do Emprego apresentou vários cenários. Todos apontam para o valor de 500 euros.
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