Proteção Civil pagou o dobro por golas antifumo que nada filtram e são inflamáveis
"Face às notícias publicadas sobre aspetos contratuais relativamente ao material de sensibilização, o ministro da Administração Interna pediu esclarecimentos à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e determinou a abertura de um inquérito urgente à Inspeção-Geral da Administração Interna", lê-se no comunicado divulgado pelo Ministério da Administração Interna, este sábado, 27 de julho.
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O Jornal de Notícias noticiou na sexta-feira que 70 mil golas antifumo fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização, que custaram 125 mil euros, foram entregues pela Proteção Civil no âmbito dos programas "Aldeia Segura" e "Pessoas Seguras".
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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse então que os materiais distribuídos no âmbito dos programas não são de combate a incêndios nem de proteção individual, mas de sensibilização de boas práticas.
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Questionado pelos jornalistas, em Mafra, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou "irresponsável e alarmista" a notícia e sublinhou a importância do programa que está em curso em mais de 1.600 aldeias do país, assegurando que a distribuição das golas antifumo não põe em causa nem o projeto nem a segurança das pessoas.
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Na sua edição deste sábado, o Jornal de Notícias revela que a Proteção Civil pagou o dobro do preço pelas 70 mil golas antifumo - as quais, afinal, não protegem do fumo - à empresa Foxtrot Aventuras.
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Com um "valor de mercado de 74 cêntimos cada", o jornal garante que o Estado "deu 1,80 euros" , tendo a consulta sido feita "a cinco empresas sem experiência no ramo".
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